É isso ai pessoal! 2011 está chegando e precisamos continuar nossa batalha para salvar vidas do mundo das drogas. Seja nosso colaborador. Com apenas R$ 10,00 mensal você torna possivel o acesso de jovens ao tratamento quimico contra as drogas. Na próxima semana estaremos publicando nossas fotos deste o inicio do projeto em 2003 para que vocês conheçam nossa hístória e quantas pessoas já passaram pela casa de apoio a vida.
abraços.
Para contribuir:
caixa econômica agência 076 conta correte 1123-4 operação 003 em nome da associação casa de apoio a vida
Dec 26, 2010
Dec 8, 2010
Jornalista Túlio vista a APAC
Partida de futebol do time da APAC
Ressocializar é preciso. O time de futebol formados pelos recuperandos da APAC de Macau realizaram uma partida de futebol com o time da igreja batista nacional de Macau. o Placar foi de 8 para a APAC e 7 para a igreja. Mais o maior intuito é aproximar aqueles que deliquiram da sociedade, mostrando que todo homem é maior do que o seu erro.
Partida de futebol do time da APAC
Ressocializar é preciso. O time de futebol formados pelos recuperandos da APAC de Macau realizaram uma partida de futebol com o time da igreja batista nacional de Macau. o Placar foi de 8 para a APAC e 7 para a igreja. Mais o maior intuito é aproximar aqueles que deliquiram da sociedade, mostrando que todo homem é maior do que o seu erro.
Dec 1, 2010
Música na APAC
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01/12/2010 - Parceria entre tribunais promove intercâmbio na APAC-Macau
A Apac Macau recebeu, no último dia 20 de novembro, dois recuperandos mineiros, Leandro Mendes, natural de Lagoa da Prata e Edmilson Ribeiro dos Santos, de Diadema. Ambos cumprem suas penas na Apac de Lagoa da Prata no estado de Minas Gerais e essa troca de experiências entre os recuperandos potiguares e mineiros tem sido possível graças a parceria entre o Tribunal de Justiça de Minas Gerais e o Tribunal de Justiça Potiguar. O objetivo do intercâmbio é disseminar a metodologia Apac, no Rio Grande do Norte.
O transporte dos recuperandos de Lagoa de Prata até Macau foi realizado pelo Departamento Penitenciário, do Ministério da Justiça. Edmilson, um dos recuperandos mineiros, contou que graças ao intercâmbio entre os tribunais pode conhecer o mar.
Uma das atividades realizadas pelos recuperandos na Apac Macau são as aulas de música ministradas pelo voluntário Carlos Magno. O professor conta que, inicialmente, se dispôs a ensinar os recuperandos dois dias por semana, porém quase diariamente vem a Apac, tamanho o incentivo e carinho recebido dos recuperandos e da administração da unidade.
O voluntário, que já foi dependente químico, entre as lições de música, repassa aos recuperandos sua experiência para se livrar do vício das drogas, “a vontade de querer mudar está dentro de cada ser humano, a vontade de viver, de ser alguém melhor no mundo”. A musicoterapia ou cantoterapia é umas das ferramentas importantes utilizadas na aplicação do método Apac.
Carlos Magno é professor voluntário nas aulas de música
O juiz Gustavo Marinho acompanha de perto a visita
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01/12/2010 - Parceria entre tribunais promove intercâmbio na APAC-Macau
A Apac Macau recebeu, no último dia 20 de novembro, dois recuperandos mineiros, Leandro Mendes, natural de Lagoa da Prata e Edmilson Ribeiro dos Santos, de Diadema. Ambos cumprem suas penas na Apac de Lagoa da Prata no estado de Minas Gerais e essa troca de experiências entre os recuperandos potiguares e mineiros tem sido possível graças a parceria entre o Tribunal de Justiça de Minas Gerais e o Tribunal de Justiça Potiguar. O objetivo do intercâmbio é disseminar a metodologia Apac, no Rio Grande do Norte.
O transporte dos recuperandos de Lagoa de Prata até Macau foi realizado pelo Departamento Penitenciário, do Ministério da Justiça. Edmilson, um dos recuperandos mineiros, contou que graças ao intercâmbio entre os tribunais pode conhecer o mar.
Uma das atividades realizadas pelos recuperandos na Apac Macau são as aulas de música ministradas pelo voluntário Carlos Magno. O professor conta que, inicialmente, se dispôs a ensinar os recuperandos dois dias por semana, porém quase diariamente vem a Apac, tamanho o incentivo e carinho recebido dos recuperandos e da administração da unidade.
O voluntário, que já foi dependente químico, entre as lições de música, repassa aos recuperandos sua experiência para se livrar do vício das drogas, “a vontade de querer mudar está dentro de cada ser humano, a vontade de viver, de ser alguém melhor no mundo”. A musicoterapia ou cantoterapia é umas das ferramentas importantes utilizadas na aplicação do método Apac.
Carlos Magno é professor voluntário nas aulas de música
O juiz Gustavo Marinho acompanha de perto a visita
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01/12/2010 - Parceria entre tribunais promove intercâmbio na APAC-Macau
A Apac Macau recebeu, no último dia 20 de novembro, dois recuperandos mineiros, Leandro Mendes, natural de Lagoa da Prata e Edmilson Ribeiro dos Santos, de Diadema. Ambos cumprem suas penas na Apac de Lagoa da Prata no estado de Minas Gerais e essa troca de experiências entre os recuperandos potiguares e mineiros tem sido possível graças a parceria entre o Tribunal de Justiça de Minas Gerais e o Tribunal de Justiça Potiguar. O objetivo do intercâmbio é disseminar a metodologia Apac, no Rio Grande do Norte.
O transporte dos recuperandos de Lagoa de Prata até Macau foi realizado pelo Departamento Penitenciário, do Ministério da Justiça. Edmilson, um dos recuperandos mineiros, contou que graças ao intercâmbio entre os tribunais pode conhecer o mar.
Uma das atividades realizadas pelos recuperandos na Apac Macau são as aulas de música ministradas pelo voluntário Carlos Magno. O professor conta que, inicialmente, se dispôs a ensinar os recuperandos dois dias por semana, porém quase diariamente vem a Apac, tamanho o incentivo e carinho recebido dos recuperandos e da administração da unidade.
O voluntário, que já foi dependente químico, entre as lições de música, repassa aos recuperandos sua experiência para se livrar do vício das drogas, “a vontade de querer mudar está dentro de cada ser humano, a vontade de viver, de ser alguém melhor no mundo”. A musicoterapia ou cantoterapia é umas das ferramentas importantes utilizadas na aplicação do método Apac.
Carlos Magno é professor voluntário nas aulas de música
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01/12/2010 - Parceria entre tribunais promove intercâmbio na APAC-Macau
A Apac Macau recebeu, no último dia 20 de novembro, dois recuperandos mineiros, Leandro Mendes, natural de Lagoa da Prata e Edmilson Ribeiro dos Santos, de Diadema. Ambos cumprem suas penas na Apac de Lagoa da Prata no estado de Minas Gerais e essa troca de experiências entre os recuperandos potiguares e mineiros tem sido possível graças a parceria entre o Tribunal de Justiça de Minas Gerais e o Tribunal de Justiça Potiguar. O objetivo do intercâmbio é disseminar a metodologia Apac, no Rio Grande do Norte.
O transporte dos recuperandos de Lagoa de Prata até Macau foi realizado pelo Departamento Penitenciário, do Ministério da Justiça. Edmilson, um dos recuperandos mineiros, contou que graças ao intercâmbio entre os tribunais pode conhecer o mar.
Uma das atividades realizadas pelos recuperandos na Apac Macau são as aulas de música ministradas pelo voluntário Carlos Magno. O professor conta que, inicialmente, se dispôs a ensinar os recuperandos dois dias por semana, porém quase diariamente vem a Apac, tamanho o incentivo e carinho recebido dos recuperandos e da administração da unidade.
O voluntário, que já foi dependente químico, entre as lições de música, repassa aos recuperandos sua experiência para se livrar do vício das drogas, “a vontade de querer mudar está dentro de cada ser humano, a vontade de viver, de ser alguém melhor no mundo”. A musicoterapia ou cantoterapia é umas das ferramentas importantes utilizadas na aplicação do método Apac.
Carlos Magno é professor voluntário nas aulas de música
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01/12/2010 - Parceria entre tribunais promove intercâmbio na APAC-Macau
A Apac Macau recebeu, no último dia 20 de novembro, dois recuperandos mineiros, Leandro Mendes, natural de Lagoa da Prata e Edmilson Ribeiro dos Santos, de Diadema. Ambos cumprem suas penas na Apac de Lagoa da Prata no estado de Minas Gerais e essa troca de experiências entre os recuperandos potiguares e mineiros tem sido possível graças a parceria entre o Tribunal de Justiça de Minas Gerais e o Tribunal de Justiça Potiguar. O objetivo do intercâmbio é disseminar a metodologia Apac, no Rio Grande do Norte.
O transporte dos recuperandos de Lagoa de Prata até Macau foi realizado pelo Departamento Penitenciário, do Ministério da Justiça. Edmilson, um dos recuperandos mineiros, contou que graças ao intercâmbio entre os tribunais pode conhecer o mar.
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A Apac Macau recebeu, no último dia 20 de novembro, dois recuperandos mineiros, Leandro Mendes, natural de Lagoa da Prata e Edmilson Ribeiro dos Santos, de Diadema. Ambos cumprem suas penas na Apac de Lagoa da Prata no estado de Minas Gerais e essa troca de experiências entre os recuperandos potiguares e mineiros tem sido possível graças a parceria entre o Tribunal de Justiça de Minas Gerais e o Tribunal de Justiça Potiguar. O objetivo do intercâmbio é disseminar a metodologia Apac, no Rio Grande do Norte.
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O voluntário, que já foi dependente químico, entre as lições de música, repassa aos recuperandos sua experiência para se livrar do vício das drogas, “a vontade de querer mudar está dentro de cada ser humano, a vontade de viver, de ser alguém melhor no mundo”. A musicoterapia ou cantoterapia é umas das ferramentas importantes utilizadas na aplicação do método Apac.
Carlos Magno é professor voluntário nas aulas de música
O juiz Gustavo Marinho acompanha de perto a visita
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Nov 13, 2010
IFRN FAZ CAMPANHA DE ALIMENTOS PARA CASA DE APOIO
Um brilhante gesto foi realizado pelos alunos do IFRN e professores. Foram arrecadados: 59 kg de arroz; 22 kg de feijão; 38 kg de açucar; 05 pacotes de macarrão; 09 pacotes de milharinha:cuscuz; 01 pacote de farinha de trigo e 01 pacote de café. A entrega foi realizada a um dos alunos da casa de apoio a vida pelo professor Marcos. Aqui fica nossos agradecimentos ao professor Leão e toda equipe do IFRN.
Com carinho, pastor joaquim,
Presidente.
Oct 20, 2010
Sep 7, 2010
Todos podem fazer.
O maior exemplo de serviço é Jesus. Ele mesmo diz: "Porque o Filho do homem, não veio para servido, mais para servir e dá sua vida em resgate por muitos" (Marcos 10:45). Em João capitulo 13 ele toma uma bacia e passar a lavar os pés dos discipulos. Que cena maravilhosa, o mestre servido os discipulos. O próprio Pedro não concordou: "Nunca lavarás os meus pés". Jesus responde: se não lavar, não tens parte comigo. Tomara pudessemos servir como Jesus serviu, pois bem-aventurada coisa é dá do que receber.
Refeitório Pronto.
Quero agradecer a todos que contribuiram para a construção do refeitório da casa de apoio. Graças a Deus tem sido uma benção para todos os alunos. Sinceramente obrigado.
Se você quer participar desta obra que tem salvado vidas, entre em contato conosco pelo telefone 9965-8709 ou envie email para joaquimmmc@hotmail.com
Sep 2, 2010
Noticias da APAC
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01/09/2010 - Juiz do Novos Rumos e políticos de Guamaré visitam TJMG
O juiz coordenador do Programa Novos Rumos na Execução Penal, Gustavo Marinho, juntamente com o prefeito do município de Guamaré, Auricélio Santos, o presidente da Câmara dos Vereadores Emilson de Borba Cunha, e o tesoureiro da Associação de Proteção e Assistência aos Condenados Macau (APAC), Gilson Peixoto estiveram na manhã de ontem (01/09), visitando a Assessoria de Inovação da 3ª Vice-Presidência do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, onde discutiram questões relacionadas à instalação da APAC Macau com o juiz Luiz Carlos Resende.
Na ocasião, o Prefeito de Guamaré ressaltou a importância dos poderes do Estado em tratar da segurança e propor novas alternativas ao sistema caótico em que se encontra o país. Ao final do encontro, o Juiz mineiro presenteou a comitiva potiguar com 3 livros do advogado Mário Ottoboni, idealizador do método APAC.
A comitiva Potiguar visitará ainda os Centros de Reintegração Sociais, no qual são desenvolvidas a metodologia APAC.
Comitiva do Rio Grande do Norte junto com juiz mineiro
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01/09/2010 - Juiz do Novos Rumos e políticos de Guamaré visitam TJMG
O juiz coordenador do Programa Novos Rumos na Execução Penal, Gustavo Marinho, juntamente com o prefeito do município de Guamaré, Auricélio Santos, o presidente da Câmara dos Vereadores Emilson de Borba Cunha, e o tesoureiro da Associação de Proteção e Assistência aos Condenados Macau (APAC), Gilson Peixoto estiveram na manhã de ontem (01/09), visitando a Assessoria de Inovação da 3ª Vice-Presidência do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, onde discutiram questões relacionadas à instalação da APAC Macau com o juiz Luiz Carlos Resende.
Na ocasião, o Prefeito de Guamaré ressaltou a importância dos poderes do Estado em tratar da segurança e propor novas alternativas ao sistema caótico em que se encontra o país. Ao final do encontro, o Juiz mineiro presenteou a comitiva potiguar com 3 livros do advogado Mário Ottoboni, idealizador do método APAC.
A comitiva Potiguar visitará ainda os Centros de Reintegração Sociais, no qual são desenvolvidas a metodologia APAC.
Comitiva do Rio Grande do Norte junto com juiz mineiro
Aug 25, 2010
APAC TORNA-SE REALIDADE
24/08/2010 - APAC Macau receberá recursos da prefeitura de Guamaré
O presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Rafael Godeiro, junto ao coordenador do Programa Novos Rumos na Execução Penal, juiz Gustavo Marinho, estiveram em Guamaré, nesta segunda-feira, 23, para a assinatura de um convênio, para repasse de recursos para a instalação da primeira Associação de Proteção e Assistência aos Condenados-APAC do Nordeste, a qual está sendo criada na cidade de Macau.
A solenidade aconteceu na Câmara Municipal “Expedito Vieira da Câmara”, quando assinaram o documento o prefeito municipal de Guamaré, Auricélio dos Santos Teixeira, o presidente da APAC Macau, pastor Francisco Joaquim Filho, e o presidente do TJ, des. Rafael Godeiro.
Diante de um plenário tomado pela população da cidade, o juiz Gustavo Marinho falou dos objetivos da APAC e ressaltou que, para a metodologia dar certo, tem que haver o apoio de toda a sociedade. Para o magistrado, a data é marcante, porque foi o primeiro convênio assinado com o propósito de repasse de recursos, o que demonstra o grau de confiança que a prefeitura deposita na APAC.
O prefeito de Guamaré, Auricélio Teixeira, foi um momento muito importante para a cidade, já que recebe do Tribunal de Justiça um projeto "tão importante". Para ele, o Poder Judiciário é "um amigo de sua gestão, um poder que vem ajudando a administrar Guamaré".
Ele ainda definiu a APAC como uma instituição de credibilidade no Brasil e no exterior.
“Como gestor, percebo que os presos precisam de uma oportunidade, podemos não saber qual foi o erro que eles cometeram, mas dando-lhes uma oportunidade estaremos protegendo nossa família”, afirmou o prefeito completando que é obrigação de todos os poderes dar apoio às presos, pois assim está protegendo com isso toda a sociedade.
“Para mim é uma honra participar de um grande ato de coragem que visa melhorar a vida de quem cometeu um erro e contribuir para uma sociedade bem melhor”, finalizou.
O corregedor geral de justiça, des. João Rebouças, disse que o projeto é inédito. Para ele, hoje, no sistema tradicional, a sociedade está alimentando um "monstro" que se chama violência e com isso ela deve se preocupar. Com a APAC, a sociedade está dando uma oportunidade ao preso, o apoio que ele necessita para voltar a ser útil para ela.
Finalizou afirmando que o Poder Judiciário hoje pensa diferente e trata os problemas da sociedade com produtividade, clareza e celeridade.
O presidente disse que a assinatura daquele convênio vai possibilitar a instalação da primeira APAC do nordeste brasileiro na cidade de Macau. “Quando eu vejo um equipe de voluntários, junto com a comunidade inteira interessada em participar do sistema isto significa que a APAC vai dar certo, porque o interesse parte da própria comunidade. Assim, ao invés de criticar destrutivamente ela vai colaborar construtivamente”, explicou.
Aug 13, 2010
Palestra sobre o Método APAC
Durante a programação da igreja Adventista na ilha de Santana foram apresentadas várias palestras durante a semana: saúde, conselho tutelar, direitos, etc. Hoje foi a vez da primeira palestra sobre a APAC proferida pelo Pastor Francisco Joaquim. Na ocasião o pastor fez uma explanação sobre o método APAC e sua importância para o municipio de Macau e Região. Durante a explanação houveram vários questionamentos, inclusive de um assistente sobre a possibilidade de um parente vir para APAC cumprir pena e ter a oportunidade de mudar de vida. Durante 45 minutos a população da ilha de santana teve a oportunidade de conhecer o método APAC que está sendo implantado emm Macau. A expectativa é que o inicio dos trabalho aconteça na primeira semana de setembro.
Aug 8, 2010
APAC TORNA-SE REALIDADE
Aos poucos estamos chegando lá. Parece um sonho o que estamos a contemplar. Depois de muitas reuniões e encontros, estamos finalmente saindo do papel. Mais temos que levar em consideração que os recursos estão chegando com dificuldades devido ao período eleitoral que prejudica os repasses. Todavia com fé e esperança estamos vencendo. Há aqueles que até já duvidam da realização do nosso trabalho, no entanto, a paciência tem sido um bom remédio para todos, e é natural que a dúvida apareça em alguns corações. Afinal, até Tomé duvidou que o Cristo tinha ressuscitado. Mas Ele disse-lhe: Tomé, bem-aventurado aquele que não ver e crê. Não sejas incrédulo,mais crente (João capitulo 20). Quiçá possamos está vendo tudo pelos olhos da fé. Você não precisa ver para crê, mais crer para ver.
Alunos da casa de apoio ajudam na reforma da APAC
Alguns alunos da casa de apoio à vida estão trabalhando voluntariamente nas reformas do prédio da APAC em Macau. Francisco Clésio de Macau, Djavan de Pendências e Alexandre de Porto de Mangue, estão colaborando e muito nos serviços de pintura e instalação das grandes de segurança.
Aproveitando este momento,estamos convidando todos aqueles que querem serem voluntários da apac a se cadastrarem, há diversas áreas: educação,esporte, auto-ajuda, alimentação, artes, saúde, etc. Precisamos da ajuda de todos.
Jun 18, 2010
Carta as familias
ASSOCIAÇÃO CASA DE APOIO A VIDA
Carta a família de esclarecimento à família.
Querido Parente,
Cientes que estamos cumprindo nosso papel junto a sociedade macauense, pedimos que seja repassado a esta instituição o valor de R$100,00 (cem reais) para manutenção do projeto, em complemento aos recurso recebidos.
O valor deve ser depositado até o dia 05 de cada mês pelo período de 09 meses, tempo do tratamento neste projeto na conta 1123-4 Agência 0761 Operação 003 – Macau (qualquer casa lotérica) em nome da Associação casa de apoio a vida.
Quanto à cesta básica fica a critério da família escolher os produtos a serem colocados na mesma.
Não esquecendo que cada aluno deve ter mensalmente seu quite higiênico: creme dental, sabonete, desodorante em pasta, barbeador, perfumes, etc.
A família não deve repassar ao aluno qualquer valor em espécie ou bens, tudo deve ser entregue ao monitor da casa de apoio.
Importante: Cada aluno custa ao projeto mensalmente a quantia de R$326,66 (trezentos e vinte e seis reais e sessenta e seis centavos), deste total a prefeitura de Macau repassa R$ 200,00 (duzentos reais) por cada aluno, ficando o restante por conta da família.
Lembrando que nosso atendimento é apenas de 15 alunos mensalmente, o que gera uma despesa mensal de R$ 4.899,90 (quatro mil oitocentos e noventa e nove reais e noventa centavos), esse valor inclui: aluguel da chácara, água, luz, telefone, alimentação e transporte.
Esperando conta com vossa compreensão, desejamos paz e prosperidade.
Atenciosamente,
Francisco Joaquim da Silva Filho
Presidente
REC. UTILIDADE PUB – 20/2003 - CMDA – MACAU -020 - CONSELHO ASSISTÊNCIA SOCIAL DE MACAU
Emails: joaquimmmc@hotmail.com joaquimmmc@yahoo.com.br
Doações: CEF ag. 0761 op 003 cc 1123-4
Carta a família de esclarecimento à família.
Querido Parente,
Cientes que estamos cumprindo nosso papel junto a sociedade macauense, pedimos que seja repassado a esta instituição o valor de R$100,00 (cem reais) para manutenção do projeto, em complemento aos recurso recebidos.
O valor deve ser depositado até o dia 05 de cada mês pelo período de 09 meses, tempo do tratamento neste projeto na conta 1123-4 Agência 0761 Operação 003 – Macau (qualquer casa lotérica) em nome da Associação casa de apoio a vida.
Quanto à cesta básica fica a critério da família escolher os produtos a serem colocados na mesma.
Não esquecendo que cada aluno deve ter mensalmente seu quite higiênico: creme dental, sabonete, desodorante em pasta, barbeador, perfumes, etc.
A família não deve repassar ao aluno qualquer valor em espécie ou bens, tudo deve ser entregue ao monitor da casa de apoio.
Importante: Cada aluno custa ao projeto mensalmente a quantia de R$326,66 (trezentos e vinte e seis reais e sessenta e seis centavos), deste total a prefeitura de Macau repassa R$ 200,00 (duzentos reais) por cada aluno, ficando o restante por conta da família.
Lembrando que nosso atendimento é apenas de 15 alunos mensalmente, o que gera uma despesa mensal de R$ 4.899,90 (quatro mil oitocentos e noventa e nove reais e noventa centavos), esse valor inclui: aluguel da chácara, água, luz, telefone, alimentação e transporte.
Esperando conta com vossa compreensão, desejamos paz e prosperidade.
Atenciosamente,
Francisco Joaquim da Silva Filho
Presidente
REC. UTILIDADE PUB – 20/2003 - CMDA – MACAU -020 - CONSELHO ASSISTÊNCIA SOCIAL DE MACAU
Emails: joaquimmmc@hotmail.com joaquimmmc@yahoo.com.br
Doações: CEF ag. 0761 op 003 cc 1123-4
Jun 17, 2010
Viver Intensamente para o Próximo
Se há algo que Jesus ensinou foi o amor ao próximo. E se há algo que aumenta a cada dia, é o nosso próximo. Eles estão em todos os lugares, a comunidade dos excluidos. Não estou fazendo discurso da teologia da libertação, mais procurando mostrar que o homem está doente por demais. A educação, a ciência, os avanços tecnológicos não tem ajudado em nada a melhorar a índole humana. Então onde está a solução? Qual o caminho? O caminho é Jesus, a solução é Jesus! Ele diz: Eu sou o caminho a verdade e a vida.
Ajude-nos a manter a casa de apoio a vida. Tenho procurado servir sem interesses, desejando apenas ajudar estes jovens a se livrar das drogas lhes dando uma nova oportunidade de viver bem.
BR 406 – NATAL – TREVO COHAB
CGC – 05.802.363/0001 – 64
TELEFONE – 9969 8747
9965 8709 - Pastor
REC. UTILIDADE PUB – 20/2003 - CMDA – MACAU -020 - CONSELHO ASSISTÊNCIA SOCIAL DE MACAU
Emails: joaquimmmc@hotmail.com joaquimmmc@yahoo.com.br
contas para ajuda: banco do brasil 22.642-4 ag 0477-4 ou caixa ec. federal 1123-4 ag. 0761
Jun 5, 2010
seminário da apac foi um sucesso.
O primeiro seminário da APAC de formação do voluntáriado foi um grande sucesso no Municpio de Macau. Contando com o apoio do tribunal de justiça, prefeitura de Macau,diretoria da APAC de macau, e diversas autoridades, o seminário foi realizado em clima de completa festa. Todos ficaram profundamente empolgados com o evento. O palestrante, Dr. Valdecir Ferreira, Presidente da FEBAC - federação das apacs do Brasil foi extraordinário e muito feliz durante os dois dias. Começamos com 160 assistente e terminamos com o mesmo número. Todos ficaram encantados com a participação de todos. Nossos próximo passo e a realização de um encontro com os futuros voluntários da APAC macau.
PASTOR JOAQUIM NA CAMPANHA CONTRA A PROSTITUIÇÃO INFANTIL
May 13, 2010
Método apac é a solução
Método Apac é apontado como alternativa para o
sistema prisional
Extraído de: Assembléia Legislativa do Estado de Minas Gerais - 04 de Junho de 2009
A adoção do modelo das Associações de Proteção e Assistência aos Condenados (Apacs) como forma alternativa de execução de penas, integração dos sistemas de informações sobre os sentenciados e atenção à situação das mulheres e portadores de sofrimento mental que estão no sistema prisional. Estas foram algumas das sugestões apresentadas pelos convidados da audiência pública realizada nesta quinta-feira (4/6/09) pela Comissão Especial de Execução das Penas no Estado da Assembleia Legislativa de Minas Gerais.
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Representantes da Justiça discutem impacto da refo...
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O relator da comissão, deputado Durval Ângelo (PT), disse que a realização de audiências públicas e visitas no interior do Estado estão contribuindo para que os deputados conheçam alternativas ao sistema penitenciário tradicional. O deputado considera que o atual modelo não é mais válido e o classifica como "um novo tipo de coerção social".
O desembargador Reynaldo Ximenes Carneiro, 2º vice-presidente do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) e superintendente da Escola Judicial Desembargador Edésio Fernandes, parabenizou o trabalho da Comissão Especial. "A Assembleia abre os caminhos de discussão para que o Judiciário encontre o terreno já pavimentado para solucionar os problemas que afetam a sociedade", disse.
Participantes defendem o método Apac
Muitos dos convidados da audiência destacaram as Apacs como o melhor método de pena alternativa, que se pauta no trabalho de ressocialização dos condenados com prestação de assistência social, educacional, médica e psicológica.
O desembargador Herbert José Almeida Carneiro defendeu a adoção do método Apac como política de Estado. Ele citou a Lei Estadual 15.299, de 2004, relativa a convênios entre o Estado e as Apacs, e disse que a dependência dessas instituições com relação a repasses de recursos do Estado via convênios compromete sua manutenção.
O desembargador disse que esses recursos deveriam ser previstos em dotação orçamentária, para que as Apacs tenham mais garantias. O deputado Durval Ângelo prometeu que essa questão será avaliada, mas ressaltou que se deve ter cuidado para não interferir na autonomia das Apacs. Para o parlamentar, o modelo é eficaz justamente por se tratar de uma iniciativa da sociedade. Já o presidente da comissão, deputado João Leite (PSDB), disse apoiar integralmente a sugestão do desembargador. O deputado apontou a prestação de contas dos recursos repassados pelo Estado como uma das maiores limitações para o trabalho das Apacs.
O diretor-executivo da Fraternidade Brasileira de Assistência aos Condenados, Valdeci Antônio Ferreira, ressalvou que o método Apac deve ser encarado como alternativa ao sistema prisional tradicional, não como um modelo pronto. Ele lembrou que a Apac é resultado da mobilização da sociedade civil organizada, e que "não é criada por decreto".
Valdeci Ferreira acredita que apenas uma revisão do modelo de convênio entre Estados e Apacs seja suficiente para resolver as dificuldades que essas instituições enfrentam. Ele defendeu ainda a construção de unidades prisionais de forma descentralizada, para que os condenados possam cumprir suas penas em locais mais próximos de suas cidades e, assim, contar com o apoio de suas famílias.
Experiências de êxito - Magda Mendes, da Apac de Nova Lima, afirmou que a instituição conta com o envolvimento da comunidade e com o apoio do poder público, do Judiciário e de empresas. "Trabalhamos de maneira integral, para colocar as pessoas numa condição humana fazendo com que sejam donas do seu próprio destino, com responsabilidade", enfatizou. Para ela, o acompanhamento psicológico é fundamental não só para os detentos, como também para as famílias.
Jeime Faria, da Apac de Itaúna, disse que são 160 recuperandos no município, e que há um projeto para aumentar 50 vagas masculinas, mas isso depende de verbas do Estado. Ela destacou que aqueles que são atendidos veem na Apac uma porta para a recuperação. "Nós mostramos para eles que somos educadores", pontuou.
Execução das penas esbarra em falta de integração de informações
Outro problema para a gestão da execução das penas é o fato de os sistemas de informações sobre os presos não serem integrados, segundo apontou o desembargador Herbert Carneiro. Ele disse que informações mais recentes das unidades prisionais, como novas entradas ou fugas de presos, não constam no Sistema Computacional de Acompanhamento Processual das Comarcas (Siscom), pelo fato de esse sistema não estar interligado ao Sistema Integrado de Informações Penitenciárias (Infopen).
O diretor de articulação do atendimento jurídico da Secretaria de Estado de Defesa Social, Alexandre Martins da Costa, comunicou que o Estado já estuda meios para integrar esses sistemas. Para permitir a integração, o diretor informou que é necessário transformar o Siscom em um sistema estadual, a exemplo do Infopen.
O deputado Durval Ângelo informou que o sistema de informações que os promotores e técnicos da comarca de Governador Valadares pode ser muito útil. Segundo o deputado, pelo programa é possível acompanhar todas as informações referentes aos processos de execução das penas, inclusive a indicação dos detentos que têm direito à progressão de regime.
Grupo defende tratamento digno aos presos
Representantes do Grupo de Amigos e Familiares de Pessoas em Privação de Liberdade marcaram presença na reunião para falar dos maus tratos a que são submetidos os presos. A advogada da entidade, Fernanda Vieira, relatou as principais queixas trazidas pelos parentes dos presos.
Abuso nas rotinas de revista dos presos e dos visitantes, o uso de força além da necessária para combater as rebeliões dos detentos e a transferência arbitrária de presos são algumas dessas queixas. "Quando uma pessoa é presa, ela perde o direito à liberdade, não os outros direitos", frisou a advogada. Ela apontou como exemplo o direito do preso de cumprir pena perto da família. "Os sentenciados que contam com o apoio familiar dificilmente reincidem", afirmou.
Fernanda Vieira disse ser fundamental que sejam criados mecanismos de atenção aos detentos que apresentam sofrimento mental e danos psicológicos. Segundo ela, essa população carcerária precisa de um tratamento especializado.
O desembargador Herbert Carneiro mostrou-se preocupado com a população carcerária feminina, que está crescendo quatro vezes mais que a masculina, de acordo com dados que apresentou. Ele estima que até 2012 serão 50 mil mulheres no sistema prisional brasileiro. Esse crescimento, segundo o desembargador, exige que o Estado crie políticas específicas para a execução de penas das mulheres. Apontou como avanço a Lei Federal 11.942, editada no mês passado, que altera a Lei Federal de Execução Penal, prevendo a construção de berçários e creches nas penitenciárias femininas. Ele lamenta, entretanto, que os portadores de sofrimento mental não tenham sido contemplados por essa lei.
Requerimentos - A comissão aprovou requerimento do deputado João Leite para envio de ofício ao presidente do Tribunal de Justiça para que informe o número de pessoas que são encaminhadas às comunidades terapêuticas para o cumprimento de penas alternativas.
A comissão aprovou também quatro requerimentos do deputado Durval Ângelo. O primeiro solicita a prorrogação dos trabalhos da Comissão Especial por mais 30 dias. O deputado também fez requerimento de audiência pública para ouvir os promotores da Vara de Execuções Criminais de Governador Valadares e os funcionários da secretaria da Vara sobre o sistema informatizado de acompanhamento da execução criminal dos sentenciados da comarca.
Outro requerimento é para que seja encaminhado ao secretário de Defesa Social, à Corregedoria da Secretaria de Defesa Social e ao juiz da Vara de Execuções Criminais de Uberlândia o relatório elaborado pela vereadora Liza Prado, sobre irregularidades nas unidades prisionais do município.
O último requerimento é para que seja encaminhado ofício à Secretaria de Defesa Social solicitando a liberação de verba para aquisição e reforma de um imóvel para o funcionamento da Apac de Uberlândia.
Presenças - Deputados João Leite (PSDB), presidente; Durval Ângelo (PT), relator; e Fábio Avelar (PSC). Também participaram da reunião as representantes do Grupo de Amigos e Familiares de Pessoas em Privação de Liberdade, Fernanda Monteiro, Diná Freitas Borges e Soraia Gomes Pedra; a defensora pública da União Giedra Cristina Pinto Moreira; o presidente da Apac de Sete Lagoas, Flávio Rocha; a diretora jurídica da Apac de Sete Lagoas, Margareth Rebelo; a defensora pública de Nova Lima Renata Salazar; a representante da Capelania Prisional, Mônica Peixoto; e a representante do departamento jurídico da Apac de Nova Lima, Juliana das Mercês Vaz.
Responsável pela informação: Assessoria de Comunicação - www.almg.gov.br
sistema prisional
Extraído de: Assembléia Legislativa do Estado de Minas Gerais - 04 de Junho de 2009
A adoção do modelo das Associações de Proteção e Assistência aos Condenados (Apacs) como forma alternativa de execução de penas, integração dos sistemas de informações sobre os sentenciados e atenção à situação das mulheres e portadores de sofrimento mental que estão no sistema prisional. Estas foram algumas das sugestões apresentadas pelos convidados da audiência pública realizada nesta quinta-feira (4/6/09) pela Comissão Especial de Execução das Penas no Estado da Assembleia Legislativa de Minas Gerais.
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O relator da comissão, deputado Durval Ângelo (PT), disse que a realização de audiências públicas e visitas no interior do Estado estão contribuindo para que os deputados conheçam alternativas ao sistema penitenciário tradicional. O deputado considera que o atual modelo não é mais válido e o classifica como "um novo tipo de coerção social".
O desembargador Reynaldo Ximenes Carneiro, 2º vice-presidente do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) e superintendente da Escola Judicial Desembargador Edésio Fernandes, parabenizou o trabalho da Comissão Especial. "A Assembleia abre os caminhos de discussão para que o Judiciário encontre o terreno já pavimentado para solucionar os problemas que afetam a sociedade", disse.
Participantes defendem o método Apac
Muitos dos convidados da audiência destacaram as Apacs como o melhor método de pena alternativa, que se pauta no trabalho de ressocialização dos condenados com prestação de assistência social, educacional, médica e psicológica.
O desembargador Herbert José Almeida Carneiro defendeu a adoção do método Apac como política de Estado. Ele citou a Lei Estadual 15.299, de 2004, relativa a convênios entre o Estado e as Apacs, e disse que a dependência dessas instituições com relação a repasses de recursos do Estado via convênios compromete sua manutenção.
O desembargador disse que esses recursos deveriam ser previstos em dotação orçamentária, para que as Apacs tenham mais garantias. O deputado Durval Ângelo prometeu que essa questão será avaliada, mas ressaltou que se deve ter cuidado para não interferir na autonomia das Apacs. Para o parlamentar, o modelo é eficaz justamente por se tratar de uma iniciativa da sociedade. Já o presidente da comissão, deputado João Leite (PSDB), disse apoiar integralmente a sugestão do desembargador. O deputado apontou a prestação de contas dos recursos repassados pelo Estado como uma das maiores limitações para o trabalho das Apacs.
O diretor-executivo da Fraternidade Brasileira de Assistência aos Condenados, Valdeci Antônio Ferreira, ressalvou que o método Apac deve ser encarado como alternativa ao sistema prisional tradicional, não como um modelo pronto. Ele lembrou que a Apac é resultado da mobilização da sociedade civil organizada, e que "não é criada por decreto".
Valdeci Ferreira acredita que apenas uma revisão do modelo de convênio entre Estados e Apacs seja suficiente para resolver as dificuldades que essas instituições enfrentam. Ele defendeu ainda a construção de unidades prisionais de forma descentralizada, para que os condenados possam cumprir suas penas em locais mais próximos de suas cidades e, assim, contar com o apoio de suas famílias.
Experiências de êxito - Magda Mendes, da Apac de Nova Lima, afirmou que a instituição conta com o envolvimento da comunidade e com o apoio do poder público, do Judiciário e de empresas. "Trabalhamos de maneira integral, para colocar as pessoas numa condição humana fazendo com que sejam donas do seu próprio destino, com responsabilidade", enfatizou. Para ela, o acompanhamento psicológico é fundamental não só para os detentos, como também para as famílias.
Jeime Faria, da Apac de Itaúna, disse que são 160 recuperandos no município, e que há um projeto para aumentar 50 vagas masculinas, mas isso depende de verbas do Estado. Ela destacou que aqueles que são atendidos veem na Apac uma porta para a recuperação. "Nós mostramos para eles que somos educadores", pontuou.
Execução das penas esbarra em falta de integração de informações
Outro problema para a gestão da execução das penas é o fato de os sistemas de informações sobre os presos não serem integrados, segundo apontou o desembargador Herbert Carneiro. Ele disse que informações mais recentes das unidades prisionais, como novas entradas ou fugas de presos, não constam no Sistema Computacional de Acompanhamento Processual das Comarcas (Siscom), pelo fato de esse sistema não estar interligado ao Sistema Integrado de Informações Penitenciárias (Infopen).
O diretor de articulação do atendimento jurídico da Secretaria de Estado de Defesa Social, Alexandre Martins da Costa, comunicou que o Estado já estuda meios para integrar esses sistemas. Para permitir a integração, o diretor informou que é necessário transformar o Siscom em um sistema estadual, a exemplo do Infopen.
O deputado Durval Ângelo informou que o sistema de informações que os promotores e técnicos da comarca de Governador Valadares pode ser muito útil. Segundo o deputado, pelo programa é possível acompanhar todas as informações referentes aos processos de execução das penas, inclusive a indicação dos detentos que têm direito à progressão de regime.
Grupo defende tratamento digno aos presos
Representantes do Grupo de Amigos e Familiares de Pessoas em Privação de Liberdade marcaram presença na reunião para falar dos maus tratos a que são submetidos os presos. A advogada da entidade, Fernanda Vieira, relatou as principais queixas trazidas pelos parentes dos presos.
Abuso nas rotinas de revista dos presos e dos visitantes, o uso de força além da necessária para combater as rebeliões dos detentos e a transferência arbitrária de presos são algumas dessas queixas. "Quando uma pessoa é presa, ela perde o direito à liberdade, não os outros direitos", frisou a advogada. Ela apontou como exemplo o direito do preso de cumprir pena perto da família. "Os sentenciados que contam com o apoio familiar dificilmente reincidem", afirmou.
Fernanda Vieira disse ser fundamental que sejam criados mecanismos de atenção aos detentos que apresentam sofrimento mental e danos psicológicos. Segundo ela, essa população carcerária precisa de um tratamento especializado.
O desembargador Herbert Carneiro mostrou-se preocupado com a população carcerária feminina, que está crescendo quatro vezes mais que a masculina, de acordo com dados que apresentou. Ele estima que até 2012 serão 50 mil mulheres no sistema prisional brasileiro. Esse crescimento, segundo o desembargador, exige que o Estado crie políticas específicas para a execução de penas das mulheres. Apontou como avanço a Lei Federal 11.942, editada no mês passado, que altera a Lei Federal de Execução Penal, prevendo a construção de berçários e creches nas penitenciárias femininas. Ele lamenta, entretanto, que os portadores de sofrimento mental não tenham sido contemplados por essa lei.
Requerimentos - A comissão aprovou requerimento do deputado João Leite para envio de ofício ao presidente do Tribunal de Justiça para que informe o número de pessoas que são encaminhadas às comunidades terapêuticas para o cumprimento de penas alternativas.
A comissão aprovou também quatro requerimentos do deputado Durval Ângelo. O primeiro solicita a prorrogação dos trabalhos da Comissão Especial por mais 30 dias. O deputado também fez requerimento de audiência pública para ouvir os promotores da Vara de Execuções Criminais de Governador Valadares e os funcionários da secretaria da Vara sobre o sistema informatizado de acompanhamento da execução criminal dos sentenciados da comarca.
Outro requerimento é para que seja encaminhado ao secretário de Defesa Social, à Corregedoria da Secretaria de Defesa Social e ao juiz da Vara de Execuções Criminais de Uberlândia o relatório elaborado pela vereadora Liza Prado, sobre irregularidades nas unidades prisionais do município.
O último requerimento é para que seja encaminhado ofício à Secretaria de Defesa Social solicitando a liberação de verba para aquisição e reforma de um imóvel para o funcionamento da Apac de Uberlândia.
Presenças - Deputados João Leite (PSDB), presidente; Durval Ângelo (PT), relator; e Fábio Avelar (PSC). Também participaram da reunião as representantes do Grupo de Amigos e Familiares de Pessoas em Privação de Liberdade, Fernanda Monteiro, Diná Freitas Borges e Soraia Gomes Pedra; a defensora pública da União Giedra Cristina Pinto Moreira; o presidente da Apac de Sete Lagoas, Flávio Rocha; a diretora jurídica da Apac de Sete Lagoas, Margareth Rebelo; a defensora pública de Nova Lima Renata Salazar; a representante da Capelania Prisional, Mônica Peixoto; e a representante do departamento jurídico da Apac de Nova Lima, Juliana das Mercês Vaz.
Responsável pela informação: Assessoria de Comunicação - www.almg.gov.br
Apr 21, 2010
Diretoria da Apac Macau visita futuro prédio
Membros da diretoria da apac realizaram uma visita ao prédio onde será instalado o projeto.
Apr 19, 2010
Apr 17, 2010
INFORMATICO DE ITAUNA - APAC
Informativo da APAC - Associação de Proteção e Assistência aos Condenados - Nº. 36 - Agosto e Setembro – 2009
Visitantes internacionais visitam APACs em Minas
A APAC de Itaúna recebeu em Março, além de visitantes de Contagem (MG), Fortaleza (CE), Betim (MG) e de
Itaúna, uma visita ilustre de nove membros da Prison Fellowship International (PFI), que vieram a Minas Gerais para conhecer a metodologia da Associação de Proteção e Assistência aos Condenados. A PFI, entidade que congrega confraternidades carcerárias nacionais de mais de 100 países, busca a reinserção social daqueles envolvidos em ou afetados pela criminalidade.
Os visitantes, em sua maioria diretores de prisão, vieram de três países da América Central: Barbados, Belize e Trinidad e Tobago.
O Coordenador da delegação, Sr. Aklilu Tadesse, ficou satisfeito com tudo que viu e presenciou na APAC. Já conhecia parte do método na teoria através de livros e artigos e em Congressos diversos pelo mundo afora ligados a questão prisional.
O diretor executivo da FBAC - Fraternidade Brasileira de Assistência aos Condenados, Sr.Valdeci Antônio, acompanhou os amigos internacionais na visita a APAC masculina e na feminina de Itaúna na terça-feira dia 16, e no dia 17 quarta-feira, quando foram também conhecer de perto, o trabalho aplicado na APAC de Lagoa da Prata, que já funciona há mais de um ano nos mesmos moldes da APAC itaunense, inspiradora do projeto, naquela cidade e em outras centenas pelo estado de Minas e todo Brasil.
Dentre as visitações, Valdeci fez exposição de todo trabalho de repercussão da FBAC e das APAC’s em todo o mundo, o funcionamento dos 12 elementos e sua aplicação, além de dar seu testemunho de todo trajeto do Centro de Reintegração Social de Itaúna, desde a época de sua juventude, quando descobriu a primeira experiência de presídio sem polícia, na cidade de São José dos Campos - SP, com o idealizador do Método, Dr.Mário Ottoboni.
Nossos amigos que trabalham há anos nas prisões da região do Caribe, ficaram encantados com o desenvolvimento do método que nasceu no Brasil e em visita, nesta última quinta-feira ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais, disseram pessoalmente ao se reunirem com o Presidente do TJMG, desembargador Sérgio Resende, “que o cuidado e o amor presentes nos Centros de Reintegração Social das APAC’s de Lagoa da Prata e Itaúna, marcou profundamente vida de cada um deles.”
E foram unânimes em dizer que pretendem levar para seus países de origem o exemplo conhecido em Minas, que pode servir como inspiração e modelo para iniciativas similares.
Do Rio Grande do Norte também
Uma comitiva do Rio Grande do Norte visitou Minas Gerais também no mês de Março. O grupo, com integrantes do Tribunal de Justiça e do Ministério Público do Rio Grande do Norte, e também com o Presidente da primeira APAC desse estado, Pastor Joaquim. O objetivo da visita a Minas Gerais é conhecer o funcionamento das Apacs. Até junho, o Rio Grande do Norte deve inaugurar, no município de Macau, seu primeiro Centro de Reintegração Social, que vai funcionar com o método Apac.
Um dos magistrados que fazia parte da delegação Dr.Gustavo, disse que a Apac mineira é uma realidade vitoriosa que deve se estender ao restante do país. Segundo ele, já há estudos para a criação, após a inauguração da Apac de Macau, de outro Centro de Reintegração Social no município de Parnamirim.
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ENTREVISTA DO MÊS COM “MARCOS JOSÉ CÂNDIDO” – ATUAL PRESIDENTE DA APAC DE ITAÚNA
1 - GAZETA: Há quanto tempo você conhece de perto o trabalho da APAC e como foi para você o convite de ser Presidente dessa entidade?
MARCOS: Eu conheci a APAC de forma mais detalhada faz uns cinco anos, quando fiz o curso de formação de voluntários da entidade, junto com minha esposa Meire. Após o término ingressamos no quadro de voluntários, desempenhado várias atividades, até que fomos convidados pelo Valdeci para assumir o Encontro de Casais. Esse encontro ocorre a cada dois meses, e é direcionado aos recuperandos que têm visita íntima. A convite do presidente anterior fui diretor de patrimônio. O convite para ser presidente foi uma mistura de sentimentos, pois me senti honrado pela confiança depositada em mim, mas ao mesmo tempo preocupado com a responsabilidade que tal empreitada exigiria.
2 - GAZETA: Que trabalho você desempenhava na APAC ao longo desses anos como voluntário, antes de ser eleito Presidente?
MARCOS: Vários trabalhos: auxiliar de plantão, diretor de patrimônio, coordenador de encontro de casais... Aqui tem muito que se fazer. Ajudei também na arrecadação de recursos em eventos que a entidade promovia e promove, mas aquilo que mais gostava e gosto de fazer é ir a APAC para ouvir os recuperandos e apoiá-los nas dificuldades do dia a dia. Também estou lá para dividir as vitórias, claro, lembrando que eles são a razão do nosso trabalho e da existência da entidade.
3 - GAZETA: A APAC sempre contou com um corpo grande voluntários, graças a credibilidade do trabalho e da seriedade do método. O que você teria a dizer sobre o trabalho voluntariado dentro de um C.R.S que cuida de pessoas que para alguns da sociedade é pura perda de tempo?
MARCOS: É um trabalho onde colocamos em prática um dos ensinamentos de Cristo, que é amar ao próximo como a si mesmo. Na verdade APAC também quer dizer Amando ao Próximo Amarás a Cristo! O método busca matar o criminoso... E salvar o homem!
É interessante quando se percebe que a gente recebe mais do que de fato doa, pois a oportunidade de aprender, de crescer em todos os aspectos é ímpar. A gente só passa a aceitar os erros dos nossos semelhantes quando nos damos conta de quão pequenos somos, e quão passíveis de errar. Tem uma frase que eu ouvi quando da convocação para o curso de formação de voluntários: “Se pudéssemos examinar o homem por dentro e por fora certamente ninguém se diria inocente”.
4 - GAZETA: O que a APAC somou na sua vida como ser humano?
MARCOS: Percebi que sozinho quase nada posso fazer, mas em equipe tudo é possível. E principalmente, quando se tem uma equipe multidisciplinar e comprometida como a nossa. Assim, e em primeiro lugar com a ajuda de Deus, não há desafio que se possa temer.
Como ser humano, eu me tornei umas pessoas mais atenciosas, pacientes, tolerantes e prudentes do que eu era.
5 - GAZETA: Como é ser um Educador Social na APAC nos dias de hoje? Qual a semelhança de Voluntário e Educador Social?
MARCOS: A sociedade hoje carece muito de educação, não educação escolar, mas especialmente daquela que ensina limites, respeito ao próximo e à sociedade, responsabilidade. O que se vê são pessoas, na maioria das vezes muito jovens, sem uma base adequada para a convivência harmoniosa com os que as cercam.
Com relação à semelhança entre o voluntariado e educador social, os dois na verdade se fundem para que surja uma pessoa mais preparada, presente entre os recuperandos e acima de tudo capaz de dar a eles as respostas que eles tanto desejam e precisam ouvir.
6 - GAZETA: Qual palavra de incentivo você daria hoje a população itaunense para um dia vir conhecer de perto o trabalho da APAC e quem sabe muitos se tornarem futuros voluntários dessa grande obra?
MARCOS: É uma oportunidade de crescimento pessoal, de convivência com pessoas muito vividas, inteligentes, que tem muito a ensinar para nós. Uma experiência que fortalecerá o espírito cristão de cada um, e apontará uma alternativa para minimizar os problemas sociais do país, que muitas vezes nos tiram o sossego. A segurança pública é um problema não só do governo, mas também de toda a sociedade. Sem o esforço conjunto de todos os setores quase nada se pode fazer.
Vamos deixar um mundo com uma paz maior e dignidade para os nossos filhos, se realmente cada um de nós fizer a sua parte.Vale lembrar que cada bandido recuperado é um a menos na rua para vender drogas para nossas crianças e adolescentes.
ACESSE OS SITES www.fbac.com.br e www.apacitauna.com.br e fique informado com tudo o que acontece em uma das maiores criações do Brasil: A APAC!
Contos na prisão: liberdade aqui e agora
Muitos filósofos, desde a Grécia antiga até os dias atuais, já se ocuparam e ainda se ocupam de uma das grandes angústias do ser humano e que é considerada fonte de sofrimento: a ânsia de procurar antever o futuro e reviver o passado. O primeiro traz consigo a incerteza, a dúvida sobre o que virá, questões sobre como e quando será a morte; o segundo encerra o lamento pelo perdido, o tempo que já se foi e nunca mais vai voltar. As religiões tratam de fazer a sua parte, garantindo, pela fé, a salvação após a morte, o reencontro com nossos entes queridos, o descanso eterno e, sabe-se lá, até a possibilidade de retornar e evoluir nesse mundo.
Por outro lado, inúmeros são os depoimentos de voluntários sobre o trabalho que realizam em asilos, orfanatos, regiões de risco social, abrigos de animais, hospitais, etc. Todos eles registram um denominador comum: a sensação de bem estar vivenciada no momento presente de sua atuação. “Se as pessoas soubessem o quanto é bom dedicar algumas horas brincando com crianças hospitalizadas...”; “quando volto do asilo tenho a nítida impressão de que meu corpo está que é pura endorfina”; “quando estou cuidando daqueles animaizinhos não sinto o tempo passar”; “ali, naquela favela, no galpão de artes, esqueço de tudo, minha concentração no que estou fazendo é total”. Essas são afirmativas comuns de gente que, pelo menos por algum tempo, esquece o passado e ignora o futuro; só o presente importa. Parafraseando a Estamira do Lixão Jardim Gramacho: só o presente existe. E é. E tem.
Também para mim, há uma atividade em que vivo unicamente o presente e onde sou completamente feliz: contar e ouvir histórias na APAC da cidade de Itaúna, Minas Gerais.
Para quem não sabe a APAC - Associação de Proteção e Assistência aos Condenados - é um estabelecimento prisional diferente, pois se trata de uma entidade juridicamente constituída sem fins lucrativos e que conta tão somente com a contribuição de voluntários nas mais diversas áreas. A filosofia do método APAC de ressocialização de criminosos é a de que um bandido recuperado é menos um bandido nas ruas. Na APAC de Itaúna não há policiais nem agentes carcerários e os presos tomam conta dos presos. Aliás, “preso” não, recuperando. É preciso destacar que a APAC de Itaúna é uma referência mundial na recuperação de condenados e que é o solo fértil para o desenvolvimento de um trabalho de arte e educação com o uso de contos tradicionais que ali desenvolvemos desde setembro de 2004.
Desde então, passei a freqüentar semanalmente a APAC de Itaúna e a ministrar oficinas de contos para os recuperandos. Os participantes, sem a obrigatoriedade de participar, começaram a chegar, desconfiados, cheios de interrogações no olhar. Aos poucos, começaram a escutar, depois a contar, recontar, ler e criar histórias. As aulas sobre postura corporal, técnica vocal, expressão oral, gestual e visual e outros segredos que formam o bom contador de histórias tornaram-se um grande e divertido aprendizado. Os exercícios de improvisação, de ritmo, de criatividade e de memorização de histórias são disputados, todos querem experimentar e repetir. Com o tempo, surgiram (e continuam surgindo!) belíssimos contos que depois foram transcritos e agregados ao repertório do Grupo, denominado por eles mesmos de Encantadores de Histórias.
Bonito mesmo é constatar que, ao longo das oficinas, antigos contos de fadas, repletos de ensinamentos e valores, são recontados e depois discutidos, gerando reflexão e releituras. Os contos surgem como opção de re-significação de vidas, de encantamento da própria história através da palavra, que passa a ter imenso valor. Esse o principal objetivo do trabalho: enriquecer o imaginário dos recuperandos, trazendo-lhes novas representações e perspectivas, apresentando-lhes situações semelhantes às suas, mas tratadas de outras maneiras. Oferecer-lhes a chance de se re-criarem numa nova história onde a queda seja um acidente de percurso e não um destino irrefutável. Queda e destino – passado e futuro. Com a força das histórias, o poder de se viver plenamente o presente, de encontrar um tempo de liberdade no meio do cárcere, de aceitar o próprio erro, mas também o perdão de si mesmo; enfim, de levantar os olhos e compreender que o futuro é construído dia após dia, aqui e agora.
Em nossa última oficina, lemos “Os Músicos de Bremen”, conto recolhido e compilado pelos Irmãos Grimm. Lembra-se do enredo? Quatro animais – um burro, um cão, um gato e um galo – desprezados pelos seus donos, resolvem se tornar músicos e partir para Bremen, onde imaginavam viver alegres e em paz, onde escapariam da dor, da rejeição e da morte. No caminho, enfrentam ladrões e os expulsam da floresta. Os animais nunca chegarão a Bremen, mas a sua sede de vida foi suficiente para espantar o mal e lhes dar a resposta que procuravam. A história foi recebida com entusiasmo; depois, um dos recuperandos a recontou com suas próprias palavras, uma versão mineira original e divertida. Naquele momento presente, cada um de nós – tão diferentes uns dos outros - éramos o burro, o cão, o gato ou mesmo o galo da história. Naquele momento presente, éramos um grupo, tínhamos um projeto comum, caminhávamos na direção de nossa Bremen imaginária. Tudo isso num só momento presente.
Rosana Mont’Alverne
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SAÚDE SIM! DROGAS NÃO!
No mês de março, a equipe do setor de Saúde da APAC se mobilizou, para realizar a XIV Semana da Saúde e Conscientização sobre malefícios decorrentes do uso abusivo de drogas, que ocorreu durante a semana do dia 08 ao dia 14 de março.
As palestras diversas aconteceram nos regimes fechado e semiaberto, trazendo muita informação, exames preventivos, assistência na área da saúde, encenação teatral e também, alertando mais uma vez os recuperandos desses regimes, para que possam entender que não estão sozinhos nessa luta, pois não adianta fazermos vista grossa e pensar que o problema da dependência química e falências na área da saúde estão superados.
A luta ela é diária e temos consciência que pouco se faz por parte das autoridades e de muitos da sociedade. Mas é bom podermos contar com as poucas pessoas que vestem a camisa, que dizem não ao preconceito e que estendem a mão para ajudar como foi o caso especial dessa semana, aonde voluntários de diversas áreas da comunidade itaunense vieram até a APAC, com o intuito de colaborar com esse projeto que acontece duas vezes ao ano e que lado a lado com outras palestras e trabalhos desenvolvidos dentro do CRS, tanto com recuperandos ou com seus familiares, tentarmos todos juntos, unirmos e fortalecermos esse laço de conscientização que o uso e abuso de drogas só leva para o abismo e que a saúde e a liberdade, são bens preciosos que devemos valorizar e cuidar cada dia com mais zelo e responsabilidade.
INSTITUTO MARISTA DE SOLIDARIEDADE
SDS Edifício Venâncio III 3º Andar
Salas 304/305 - CEP 70393-900 – Brasília – DF
Tel. (61) 2102-2150
SEJA UM SÓCIO CONTRIBUINTE
A APAC, Associação de Proteção e Assistência aos Condenados, entidades sem fins lucrativos, há 26 anos trabalha para a recuperação dos presidiários, proteção da sociedade, o socorro às vítimas e a promoção da Justiça.
Através da aplicação de uma metodologia própria, do estabelecimento de parcerias, da colaboração de uma plêiade de voluntários, e do apoio dos itaunenses, bons resultados foram obtidos, e por isto, a APAC de Itaúna se tornou uma referência, razão pela qual a entidade recebe visitantes dos mais diversos lugares do Brasil e outros países do mundo que buscam aqui o exemplo e solução para o grave problema prisional.
Atualmente a APAC de Itaúna cuida de 160 recuperandos, e com a ampliação de mais 50 vagas para os próximos meses passará a ter 210 recuperandos. Com a graça de Deus, hoje temos muitos homens e mulheres, outrora considerados periculosos e irrecuperáveis trabalhando nas mais diversas empresas de Itaúna. Famílias unidas e reconciliadas, e a sociedade mais protegida, pois na medida em que se recupera o criminoso se protege a sociedade.
Obviamente que uma instituição como a APAC, somente consegue se manter com o estabelecimento de parcerias e a ajuda generosa de homens e mulheres de boa vontade que acreditam na recuperação do ser humano e na busca da paz social.
Por esta razão, a APAC de Itaúna esta lançando mais uma vez a Campanha do Sócio Contribuinte, para que de mãos unidas seja possível dar continuidade ao trabalho de resgate do ser humano desenvolvido em benefício de tantas pessoas e famílias.
Contamos com seu apoio e a sua solidariedade, adquirindo o carnê do sócio contribuinte nos postos de distribuição ou através do telefone (37) 3243-1737 ou pelo e-mail apacitauna@nwnet.com.br.
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DA ALMA PARA A ALMA
Faça das migalhas sadias pedras preciosas. Queira que seus passos entrem em compasso com a vida. Que a esperança ressurja, continuamente sem resquícios de nenhuma espécie. Nada deve passar à sua frente sem percepção, mesmo de um instantâneo sentimento, de que haverá superação; os derrotados ainda não sentiram o sabor de haverem lutado e vencido. Só o néctar da vitória estimula o retorno à luta. Coloque-se de joelhos só para orar, jamais por ter perdido a autoestima, virtude dos exitosos. Ao mirar-se no espelho, não queira ver a vitória daquele que possui o seu ideal sonhado. Enxergue-se a si mesmo. Sê superior. Nunca perca de vista o caminho que anuncia o retorno; o abismo que está ao seu lado não o coloque à sua dianteira. Faça-o passar despercebido. Em tudo idear o sucesso almejado para o dia seguinte; não faça inteiração com as coisas negativas do seu passado; elas podem ser “pedras de tropeço” à sua caminhada.A resignação não deve tolerar o desânimo, o pior de todos os fracassos. Sem amor não haverá tolerância e nem perdão. Somente o que sai do coração, chega ao coração do outro. A melhor água corre rasa, pouco volume, contorna os obstáculos, serve prazerosamente aos seres viventes, durante o seu percurso.Chega tranqüila e cristalina ao seu destino. Como nasce termina, sem onda ou tsunami, em paz...
Mário Ottoboni - Fundador e Idealizador do Método APAC (38 anos)
FUNDADO EM 29 DE MARÇO DE 2001
EDITOR: Wellington Silva
COLABORADORES: Equipe da APAC de Itaúna / Silvana Aiala (TJMG)
DIAGRAMAÇÃO: Wellington Silva
EDIÇÃO: 5.000 Exemplares
EDIÇÃO VIA E-MAIL: 2.000 exemplares
Visitantes internacionais visitam APACs em Minas
A APAC de Itaúna recebeu em Março, além de visitantes de Contagem (MG), Fortaleza (CE), Betim (MG) e de
Itaúna, uma visita ilustre de nove membros da Prison Fellowship International (PFI), que vieram a Minas Gerais para conhecer a metodologia da Associação de Proteção e Assistência aos Condenados. A PFI, entidade que congrega confraternidades carcerárias nacionais de mais de 100 países, busca a reinserção social daqueles envolvidos em ou afetados pela criminalidade.
Os visitantes, em sua maioria diretores de prisão, vieram de três países da América Central: Barbados, Belize e Trinidad e Tobago.
O Coordenador da delegação, Sr. Aklilu Tadesse, ficou satisfeito com tudo que viu e presenciou na APAC. Já conhecia parte do método na teoria através de livros e artigos e em Congressos diversos pelo mundo afora ligados a questão prisional.
O diretor executivo da FBAC - Fraternidade Brasileira de Assistência aos Condenados, Sr.Valdeci Antônio, acompanhou os amigos internacionais na visita a APAC masculina e na feminina de Itaúna na terça-feira dia 16, e no dia 17 quarta-feira, quando foram também conhecer de perto, o trabalho aplicado na APAC de Lagoa da Prata, que já funciona há mais de um ano nos mesmos moldes da APAC itaunense, inspiradora do projeto, naquela cidade e em outras centenas pelo estado de Minas e todo Brasil.
Dentre as visitações, Valdeci fez exposição de todo trabalho de repercussão da FBAC e das APAC’s em todo o mundo, o funcionamento dos 12 elementos e sua aplicação, além de dar seu testemunho de todo trajeto do Centro de Reintegração Social de Itaúna, desde a época de sua juventude, quando descobriu a primeira experiência de presídio sem polícia, na cidade de São José dos Campos - SP, com o idealizador do Método, Dr.Mário Ottoboni.
Nossos amigos que trabalham há anos nas prisões da região do Caribe, ficaram encantados com o desenvolvimento do método que nasceu no Brasil e em visita, nesta última quinta-feira ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais, disseram pessoalmente ao se reunirem com o Presidente do TJMG, desembargador Sérgio Resende, “que o cuidado e o amor presentes nos Centros de Reintegração Social das APAC’s de Lagoa da Prata e Itaúna, marcou profundamente vida de cada um deles.”
E foram unânimes em dizer que pretendem levar para seus países de origem o exemplo conhecido em Minas, que pode servir como inspiração e modelo para iniciativas similares.
Do Rio Grande do Norte também
Uma comitiva do Rio Grande do Norte visitou Minas Gerais também no mês de Março. O grupo, com integrantes do Tribunal de Justiça e do Ministério Público do Rio Grande do Norte, e também com o Presidente da primeira APAC desse estado, Pastor Joaquim. O objetivo da visita a Minas Gerais é conhecer o funcionamento das Apacs. Até junho, o Rio Grande do Norte deve inaugurar, no município de Macau, seu primeiro Centro de Reintegração Social, que vai funcionar com o método Apac.
Um dos magistrados que fazia parte da delegação Dr.Gustavo, disse que a Apac mineira é uma realidade vitoriosa que deve se estender ao restante do país. Segundo ele, já há estudos para a criação, após a inauguração da Apac de Macau, de outro Centro de Reintegração Social no município de Parnamirim.
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ENTREVISTA DO MÊS COM “MARCOS JOSÉ CÂNDIDO” – ATUAL PRESIDENTE DA APAC DE ITAÚNA
1 - GAZETA: Há quanto tempo você conhece de perto o trabalho da APAC e como foi para você o convite de ser Presidente dessa entidade?
MARCOS: Eu conheci a APAC de forma mais detalhada faz uns cinco anos, quando fiz o curso de formação de voluntários da entidade, junto com minha esposa Meire. Após o término ingressamos no quadro de voluntários, desempenhado várias atividades, até que fomos convidados pelo Valdeci para assumir o Encontro de Casais. Esse encontro ocorre a cada dois meses, e é direcionado aos recuperandos que têm visita íntima. A convite do presidente anterior fui diretor de patrimônio. O convite para ser presidente foi uma mistura de sentimentos, pois me senti honrado pela confiança depositada em mim, mas ao mesmo tempo preocupado com a responsabilidade que tal empreitada exigiria.
2 - GAZETA: Que trabalho você desempenhava na APAC ao longo desses anos como voluntário, antes de ser eleito Presidente?
MARCOS: Vários trabalhos: auxiliar de plantão, diretor de patrimônio, coordenador de encontro de casais... Aqui tem muito que se fazer. Ajudei também na arrecadação de recursos em eventos que a entidade promovia e promove, mas aquilo que mais gostava e gosto de fazer é ir a APAC para ouvir os recuperandos e apoiá-los nas dificuldades do dia a dia. Também estou lá para dividir as vitórias, claro, lembrando que eles são a razão do nosso trabalho e da existência da entidade.
3 - GAZETA: A APAC sempre contou com um corpo grande voluntários, graças a credibilidade do trabalho e da seriedade do método. O que você teria a dizer sobre o trabalho voluntariado dentro de um C.R.S que cuida de pessoas que para alguns da sociedade é pura perda de tempo?
MARCOS: É um trabalho onde colocamos em prática um dos ensinamentos de Cristo, que é amar ao próximo como a si mesmo. Na verdade APAC também quer dizer Amando ao Próximo Amarás a Cristo! O método busca matar o criminoso... E salvar o homem!
É interessante quando se percebe que a gente recebe mais do que de fato doa, pois a oportunidade de aprender, de crescer em todos os aspectos é ímpar. A gente só passa a aceitar os erros dos nossos semelhantes quando nos damos conta de quão pequenos somos, e quão passíveis de errar. Tem uma frase que eu ouvi quando da convocação para o curso de formação de voluntários: “Se pudéssemos examinar o homem por dentro e por fora certamente ninguém se diria inocente”.
4 - GAZETA: O que a APAC somou na sua vida como ser humano?
MARCOS: Percebi que sozinho quase nada posso fazer, mas em equipe tudo é possível. E principalmente, quando se tem uma equipe multidisciplinar e comprometida como a nossa. Assim, e em primeiro lugar com a ajuda de Deus, não há desafio que se possa temer.
Como ser humano, eu me tornei umas pessoas mais atenciosas, pacientes, tolerantes e prudentes do que eu era.
5 - GAZETA: Como é ser um Educador Social na APAC nos dias de hoje? Qual a semelhança de Voluntário e Educador Social?
MARCOS: A sociedade hoje carece muito de educação, não educação escolar, mas especialmente daquela que ensina limites, respeito ao próximo e à sociedade, responsabilidade. O que se vê são pessoas, na maioria das vezes muito jovens, sem uma base adequada para a convivência harmoniosa com os que as cercam.
Com relação à semelhança entre o voluntariado e educador social, os dois na verdade se fundem para que surja uma pessoa mais preparada, presente entre os recuperandos e acima de tudo capaz de dar a eles as respostas que eles tanto desejam e precisam ouvir.
6 - GAZETA: Qual palavra de incentivo você daria hoje a população itaunense para um dia vir conhecer de perto o trabalho da APAC e quem sabe muitos se tornarem futuros voluntários dessa grande obra?
MARCOS: É uma oportunidade de crescimento pessoal, de convivência com pessoas muito vividas, inteligentes, que tem muito a ensinar para nós. Uma experiência que fortalecerá o espírito cristão de cada um, e apontará uma alternativa para minimizar os problemas sociais do país, que muitas vezes nos tiram o sossego. A segurança pública é um problema não só do governo, mas também de toda a sociedade. Sem o esforço conjunto de todos os setores quase nada se pode fazer.
Vamos deixar um mundo com uma paz maior e dignidade para os nossos filhos, se realmente cada um de nós fizer a sua parte.Vale lembrar que cada bandido recuperado é um a menos na rua para vender drogas para nossas crianças e adolescentes.
ACESSE OS SITES www.fbac.com.br e www.apacitauna.com.br e fique informado com tudo o que acontece em uma das maiores criações do Brasil: A APAC!
Contos na prisão: liberdade aqui e agora
Muitos filósofos, desde a Grécia antiga até os dias atuais, já se ocuparam e ainda se ocupam de uma das grandes angústias do ser humano e que é considerada fonte de sofrimento: a ânsia de procurar antever o futuro e reviver o passado. O primeiro traz consigo a incerteza, a dúvida sobre o que virá, questões sobre como e quando será a morte; o segundo encerra o lamento pelo perdido, o tempo que já se foi e nunca mais vai voltar. As religiões tratam de fazer a sua parte, garantindo, pela fé, a salvação após a morte, o reencontro com nossos entes queridos, o descanso eterno e, sabe-se lá, até a possibilidade de retornar e evoluir nesse mundo.
Por outro lado, inúmeros são os depoimentos de voluntários sobre o trabalho que realizam em asilos, orfanatos, regiões de risco social, abrigos de animais, hospitais, etc. Todos eles registram um denominador comum: a sensação de bem estar vivenciada no momento presente de sua atuação. “Se as pessoas soubessem o quanto é bom dedicar algumas horas brincando com crianças hospitalizadas...”; “quando volto do asilo tenho a nítida impressão de que meu corpo está que é pura endorfina”; “quando estou cuidando daqueles animaizinhos não sinto o tempo passar”; “ali, naquela favela, no galpão de artes, esqueço de tudo, minha concentração no que estou fazendo é total”. Essas são afirmativas comuns de gente que, pelo menos por algum tempo, esquece o passado e ignora o futuro; só o presente importa. Parafraseando a Estamira do Lixão Jardim Gramacho: só o presente existe. E é. E tem.
Também para mim, há uma atividade em que vivo unicamente o presente e onde sou completamente feliz: contar e ouvir histórias na APAC da cidade de Itaúna, Minas Gerais.
Para quem não sabe a APAC - Associação de Proteção e Assistência aos Condenados - é um estabelecimento prisional diferente, pois se trata de uma entidade juridicamente constituída sem fins lucrativos e que conta tão somente com a contribuição de voluntários nas mais diversas áreas. A filosofia do método APAC de ressocialização de criminosos é a de que um bandido recuperado é menos um bandido nas ruas. Na APAC de Itaúna não há policiais nem agentes carcerários e os presos tomam conta dos presos. Aliás, “preso” não, recuperando. É preciso destacar que a APAC de Itaúna é uma referência mundial na recuperação de condenados e que é o solo fértil para o desenvolvimento de um trabalho de arte e educação com o uso de contos tradicionais que ali desenvolvemos desde setembro de 2004.
Desde então, passei a freqüentar semanalmente a APAC de Itaúna e a ministrar oficinas de contos para os recuperandos. Os participantes, sem a obrigatoriedade de participar, começaram a chegar, desconfiados, cheios de interrogações no olhar. Aos poucos, começaram a escutar, depois a contar, recontar, ler e criar histórias. As aulas sobre postura corporal, técnica vocal, expressão oral, gestual e visual e outros segredos que formam o bom contador de histórias tornaram-se um grande e divertido aprendizado. Os exercícios de improvisação, de ritmo, de criatividade e de memorização de histórias são disputados, todos querem experimentar e repetir. Com o tempo, surgiram (e continuam surgindo!) belíssimos contos que depois foram transcritos e agregados ao repertório do Grupo, denominado por eles mesmos de Encantadores de Histórias.
Bonito mesmo é constatar que, ao longo das oficinas, antigos contos de fadas, repletos de ensinamentos e valores, são recontados e depois discutidos, gerando reflexão e releituras. Os contos surgem como opção de re-significação de vidas, de encantamento da própria história através da palavra, que passa a ter imenso valor. Esse o principal objetivo do trabalho: enriquecer o imaginário dos recuperandos, trazendo-lhes novas representações e perspectivas, apresentando-lhes situações semelhantes às suas, mas tratadas de outras maneiras. Oferecer-lhes a chance de se re-criarem numa nova história onde a queda seja um acidente de percurso e não um destino irrefutável. Queda e destino – passado e futuro. Com a força das histórias, o poder de se viver plenamente o presente, de encontrar um tempo de liberdade no meio do cárcere, de aceitar o próprio erro, mas também o perdão de si mesmo; enfim, de levantar os olhos e compreender que o futuro é construído dia após dia, aqui e agora.
Em nossa última oficina, lemos “Os Músicos de Bremen”, conto recolhido e compilado pelos Irmãos Grimm. Lembra-se do enredo? Quatro animais – um burro, um cão, um gato e um galo – desprezados pelos seus donos, resolvem se tornar músicos e partir para Bremen, onde imaginavam viver alegres e em paz, onde escapariam da dor, da rejeição e da morte. No caminho, enfrentam ladrões e os expulsam da floresta. Os animais nunca chegarão a Bremen, mas a sua sede de vida foi suficiente para espantar o mal e lhes dar a resposta que procuravam. A história foi recebida com entusiasmo; depois, um dos recuperandos a recontou com suas próprias palavras, uma versão mineira original e divertida. Naquele momento presente, cada um de nós – tão diferentes uns dos outros - éramos o burro, o cão, o gato ou mesmo o galo da história. Naquele momento presente, éramos um grupo, tínhamos um projeto comum, caminhávamos na direção de nossa Bremen imaginária. Tudo isso num só momento presente.
Rosana Mont’Alverne
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SAÚDE SIM! DROGAS NÃO!
No mês de março, a equipe do setor de Saúde da APAC se mobilizou, para realizar a XIV Semana da Saúde e Conscientização sobre malefícios decorrentes do uso abusivo de drogas, que ocorreu durante a semana do dia 08 ao dia 14 de março.
As palestras diversas aconteceram nos regimes fechado e semiaberto, trazendo muita informação, exames preventivos, assistência na área da saúde, encenação teatral e também, alertando mais uma vez os recuperandos desses regimes, para que possam entender que não estão sozinhos nessa luta, pois não adianta fazermos vista grossa e pensar que o problema da dependência química e falências na área da saúde estão superados.
A luta ela é diária e temos consciência que pouco se faz por parte das autoridades e de muitos da sociedade. Mas é bom podermos contar com as poucas pessoas que vestem a camisa, que dizem não ao preconceito e que estendem a mão para ajudar como foi o caso especial dessa semana, aonde voluntários de diversas áreas da comunidade itaunense vieram até a APAC, com o intuito de colaborar com esse projeto que acontece duas vezes ao ano e que lado a lado com outras palestras e trabalhos desenvolvidos dentro do CRS, tanto com recuperandos ou com seus familiares, tentarmos todos juntos, unirmos e fortalecermos esse laço de conscientização que o uso e abuso de drogas só leva para o abismo e que a saúde e a liberdade, são bens preciosos que devemos valorizar e cuidar cada dia com mais zelo e responsabilidade.
INSTITUTO MARISTA DE SOLIDARIEDADE
SDS Edifício Venâncio III 3º Andar
Salas 304/305 - CEP 70393-900 – Brasília – DF
Tel. (61) 2102-2150
SEJA UM SÓCIO CONTRIBUINTE
A APAC, Associação de Proteção e Assistência aos Condenados, entidades sem fins lucrativos, há 26 anos trabalha para a recuperação dos presidiários, proteção da sociedade, o socorro às vítimas e a promoção da Justiça.
Através da aplicação de uma metodologia própria, do estabelecimento de parcerias, da colaboração de uma plêiade de voluntários, e do apoio dos itaunenses, bons resultados foram obtidos, e por isto, a APAC de Itaúna se tornou uma referência, razão pela qual a entidade recebe visitantes dos mais diversos lugares do Brasil e outros países do mundo que buscam aqui o exemplo e solução para o grave problema prisional.
Atualmente a APAC de Itaúna cuida de 160 recuperandos, e com a ampliação de mais 50 vagas para os próximos meses passará a ter 210 recuperandos. Com a graça de Deus, hoje temos muitos homens e mulheres, outrora considerados periculosos e irrecuperáveis trabalhando nas mais diversas empresas de Itaúna. Famílias unidas e reconciliadas, e a sociedade mais protegida, pois na medida em que se recupera o criminoso se protege a sociedade.
Obviamente que uma instituição como a APAC, somente consegue se manter com o estabelecimento de parcerias e a ajuda generosa de homens e mulheres de boa vontade que acreditam na recuperação do ser humano e na busca da paz social.
Por esta razão, a APAC de Itaúna esta lançando mais uma vez a Campanha do Sócio Contribuinte, para que de mãos unidas seja possível dar continuidade ao trabalho de resgate do ser humano desenvolvido em benefício de tantas pessoas e famílias.
Contamos com seu apoio e a sua solidariedade, adquirindo o carnê do sócio contribuinte nos postos de distribuição ou através do telefone (37) 3243-1737 ou pelo e-mail apacitauna@nwnet.com.br.
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DA ALMA PARA A ALMA
Faça das migalhas sadias pedras preciosas. Queira que seus passos entrem em compasso com a vida. Que a esperança ressurja, continuamente sem resquícios de nenhuma espécie. Nada deve passar à sua frente sem percepção, mesmo de um instantâneo sentimento, de que haverá superação; os derrotados ainda não sentiram o sabor de haverem lutado e vencido. Só o néctar da vitória estimula o retorno à luta. Coloque-se de joelhos só para orar, jamais por ter perdido a autoestima, virtude dos exitosos. Ao mirar-se no espelho, não queira ver a vitória daquele que possui o seu ideal sonhado. Enxergue-se a si mesmo. Sê superior. Nunca perca de vista o caminho que anuncia o retorno; o abismo que está ao seu lado não o coloque à sua dianteira. Faça-o passar despercebido. Em tudo idear o sucesso almejado para o dia seguinte; não faça inteiração com as coisas negativas do seu passado; elas podem ser “pedras de tropeço” à sua caminhada.A resignação não deve tolerar o desânimo, o pior de todos os fracassos. Sem amor não haverá tolerância e nem perdão. Somente o que sai do coração, chega ao coração do outro. A melhor água corre rasa, pouco volume, contorna os obstáculos, serve prazerosamente aos seres viventes, durante o seu percurso.Chega tranqüila e cristalina ao seu destino. Como nasce termina, sem onda ou tsunami, em paz...
Mário Ottoboni - Fundador e Idealizador do Método APAC (38 anos)
FUNDADO EM 29 DE MARÇO DE 2001
EDITOR: Wellington Silva
COLABORADORES: Equipe da APAC de Itaúna / Silvana Aiala (TJMG)
DIAGRAMAÇÃO: Wellington Silva
EDIÇÃO: 5.000 Exemplares
EDIÇÃO VIA E-MAIL: 2.000 exemplares
Noticias de Itauna
Informativo da APAC - Associação de Proteção e Assistência aos Condenados - Nº. 36 - Agosto e Setembro – 2009
Visitantes internacionais visitam APACs em Minas
A APAC de Itaúna recebeu em Março, além de visitantes de Contagem (MG), Fortaleza (CE), Betim (MG) e de
Itaúna, uma visita ilustre de nove membros da Prison Fellowship International (PFI), que vieram a Minas Gerais para conhecer a metodologia da Associação de Proteção e Assistência aos Condenados. A PFI, entidade que congrega confraternidades carcerárias nacionais de mais de 100 países, busca a reinserção social daqueles envolvidos em ou afetados pela criminalidade.
Os visitantes, em sua maioria diretores de prisão, vieram de três países da América Central: Barbados, Belize e Trinidad e Tobago.
O Coordenador da delegação, Sr. Aklilu Tadesse, ficou satisfeito com tudo que viu e presenciou na APAC. Já conhecia parte do método na teoria através de livros e artigos e em Congressos diversos pelo mundo afora ligados a questão prisional.
O diretor executivo da FBAC - Fraternidade Brasileira de Assistência aos Condenados, Sr.Valdeci Antônio, acompanhou os amigos internacionais na visita a APAC masculina e na feminina de Itaúna na terça-feira dia 16, e no dia 17 quarta-feira, quando foram também conhecer de perto, o trabalho aplicado na APAC de Lagoa da Prata, que já funciona há mais de um ano nos mesmos moldes da APAC itaunense, inspiradora do projeto, naquela cidade e em outras centenas pelo estado de Minas e todo Brasil.
Dentre as visitações, Valdeci fez exposição de todo trabalho de repercussão da FBAC e das APAC’s em todo o mundo, o funcionamento dos 12 elementos e sua aplicação, além de dar seu testemunho de todo trajeto do Centro de Reintegração Social de Itaúna, desde a época de sua juventude, quando descobriu a primeira experiência de presídio sem polícia, na cidade de São José dos Campos - SP, com o idealizador do Método, Dr.Mário Ottoboni.
Nossos amigos que trabalham há anos nas prisões da região do Caribe, ficaram encantados com o desenvolvimento do método que nasceu no Brasil e em visita, nesta última quinta-feira ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais, disseram pessoalmente ao se reunirem com o Presidente do TJMG, desembargador Sérgio Resende, “que o cuidado e o amor presentes nos Centros de Reintegração Social das APAC’s de Lagoa da Prata e Itaúna, marcou profundamente vida de cada um deles.”
E foram unânimes em dizer que pretendem levar para seus países de origem o exemplo conhecido em Minas, que pode servir como inspiração e modelo para iniciativas similares.
Do Rio Grande do Norte também
Uma comitiva do Rio Grande do Norte visitou Minas Gerais também no mês de Março. O grupo, com integrantes do Tribunal de Justiça e do Ministério Público do Rio Grande do Norte, e também com o Presidente da primeira APAC desse estado, Pastor Joaquim. O objetivo da visita a Minas Gerais é conhecer o funcionamento das Apacs. Até junho, o Rio Grande do Norte deve inaugurar, no município de Macau, seu primeiro Centro de Reintegração Social, que vai funcionar com o método Apac.
Um dos magistrados que fazia parte da delegação Dr.Gustavo, disse que a Apac mineira é uma realidade vitoriosa que deve se estender ao restante do país. Segundo ele, já há estudos para a criação, após a inauguração da Apac de Macau, de outro Centro de Reintegração Social no município de Parnamirim.
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*Produzimos 0,10 e 0,15 com fundo, 0,15 vazado, 0,20 com fundo.
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ENTREVISTA DO MÊS COM “MARCOS JOSÉ CÂNDIDO” – ATUAL PRESIDENTE DA APAC DE ITAÚNA
1 - GAZETA: Há quanto tempo você conhece de perto o trabalho da APAC e como foi para você o convite de ser Presidente dessa entidade?
MARCOS: Eu conheci a APAC de forma mais detalhada faz uns cinco anos, quando fiz o curso de formação de voluntários da entidade, junto com minha esposa Meire. Após o término ingressamos no quadro de voluntários, desempenhado várias atividades, até que fomos convidados pelo Valdeci para assumir o Encontro de Casais. Esse encontro ocorre a cada dois meses, e é direcionado aos recuperandos que têm visita íntima. A convite do presidente anterior fui diretor de patrimônio. O convite para ser presidente foi uma mistura de sentimentos, pois me senti honrado pela confiança depositada em mim, mas ao mesmo tempo preocupado com a responsabilidade que tal empreitada exigiria.
2 - GAZETA: Que trabalho você desempenhava na APAC ao longo desses anos como voluntário, antes de ser eleito Presidente?
MARCOS: Vários trabalhos: auxiliar de plantão, diretor de patrimônio, coordenador de encontro de casais... Aqui tem muito que se fazer. Ajudei também na arrecadação de recursos em eventos que a entidade promovia e promove, mas aquilo que mais gostava e gosto de fazer é ir a APAC para ouvir os recuperandos e apoiá-los nas dificuldades do dia a dia. Também estou lá para dividir as vitórias, claro, lembrando que eles são a razão do nosso trabalho e da existência da entidade.
3 - GAZETA: A APAC sempre contou com um corpo grande voluntários, graças a credibilidade do trabalho e da seriedade do método. O que você teria a dizer sobre o trabalho voluntariado dentro de um C.R.S que cuida de pessoas que para alguns da sociedade é pura perda de tempo?
MARCOS: É um trabalho onde colocamos em prática um dos ensinamentos de Cristo, que é amar ao próximo como a si mesmo. Na verdade APAC também quer dizer Amando ao Próximo Amarás a Cristo! O método busca matar o criminoso... E salvar o homem!
É interessante quando se percebe que a gente recebe mais do que de fato doa, pois a oportunidade de aprender, de crescer em todos os aspectos é ímpar. A gente só passa a aceitar os erros dos nossos semelhantes quando nos damos conta de quão pequenos somos, e quão passíveis de errar. Tem uma frase que eu ouvi quando da convocação para o curso de formação de voluntários: “Se pudéssemos examinar o homem por dentro e por fora certamente ninguém se diria inocente”.
4 - GAZETA: O que a APAC somou na sua vida como ser humano?
MARCOS: Percebi que sozinho quase nada posso fazer, mas em equipe tudo é possível. E principalmente, quando se tem uma equipe multidisciplinar e comprometida como a nossa. Assim, e em primeiro lugar com a ajuda de Deus, não há desafio que se possa temer.
Como ser humano, eu me tornei umas pessoas mais atenciosas, pacientes, tolerantes e prudentes do que eu era.
5 - GAZETA: Como é ser um Educador Social na APAC nos dias de hoje? Qual a semelhança de Voluntário e Educador Social?
MARCOS: A sociedade hoje carece muito de educação, não educação escolar, mas especialmente daquela que ensina limites, respeito ao próximo e à sociedade, responsabilidade. O que se vê são pessoas, na maioria das vezes muito jovens, sem uma base adequada para a convivência harmoniosa com os que as cercam.
Com relação à semelhança entre o voluntariado e educador social, os dois na verdade se fundem para que surja uma pessoa mais preparada, presente entre os recuperandos e acima de tudo capaz de dar a eles as respostas que eles tanto desejam e precisam ouvir.
6 - GAZETA: Qual palavra de incentivo você daria hoje a população itaunense para um dia vir conhecer de perto o trabalho da APAC e quem sabe muitos se tornarem futuros voluntários dessa grande obra?
MARCOS: É uma oportunidade de crescimento pessoal, de convivência com pessoas muito vividas, inteligentes, que tem muito a ensinar para nós. Uma experiência que fortalecerá o espírito cristão de cada um, e apontará uma alternativa para minimizar os problemas sociais do país, que muitas vezes nos tiram o sossego. A segurança pública é um problema não só do governo, mas também de toda a sociedade. Sem o esforço conjunto de todos os setores quase nada se pode fazer.
Vamos deixar um mundo com uma paz maior e dignidade para os nossos filhos, se realmente cada um de nós fizer a sua parte.Vale lembrar que cada bandido recuperado é um a menos na rua para vender drogas para nossas crianças e adolescentes.
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Contos na prisão: liberdade aqui e agora
Muitos filósofos, desde a Grécia antiga até os dias atuais, já se ocuparam e ainda se ocupam de uma das grandes angústias do ser humano e que é considerada fonte de sofrimento: a ânsia de procurar antever o futuro e reviver o passado. O primeiro traz consigo a incerteza, a dúvida sobre o que virá, questões sobre como e quando será a morte; o segundo encerra o lamento pelo perdido, o tempo que já se foi e nunca mais vai voltar. As religiões tratam de fazer a sua parte, garantindo, pela fé, a salvação após a morte, o reencontro com nossos entes queridos, o descanso eterno e, sabe-se lá, até a possibilidade de retornar e evoluir nesse mundo.
Por outro lado, inúmeros são os depoimentos de voluntários sobre o trabalho que realizam em asilos, orfanatos, regiões de risco social, abrigos de animais, hospitais, etc. Todos eles registram um denominador comum: a sensação de bem estar vivenciada no momento presente de sua atuação. “Se as pessoas soubessem o quanto é bom dedicar algumas horas brincando com crianças hospitalizadas...”; “quando volto do asilo tenho a nítida impressão de que meu corpo está que é pura endorfina”; “quando estou cuidando daqueles animaizinhos não sinto o tempo passar”; “ali, naquela favela, no galpão de artes, esqueço de tudo, minha concentração no que estou fazendo é total”. Essas são afirmativas comuns de gente que, pelo menos por algum tempo, esquece o passado e ignora o futuro; só o presente importa. Parafraseando a Estamira do Lixão Jardim Gramacho: só o presente existe. E é. E tem.
Também para mim, há uma atividade em que vivo unicamente o presente e onde sou completamente feliz: contar e ouvir histórias na APAC da cidade de Itaúna, Minas Gerais.
Para quem não sabe a APAC - Associação de Proteção e Assistência aos Condenados - é um estabelecimento prisional diferente, pois se trata de uma entidade juridicamente constituída sem fins lucrativos e que conta tão somente com a contribuição de voluntários nas mais diversas áreas. A filosofia do método APAC de ressocialização de criminosos é a de que um bandido recuperado é menos um bandido nas ruas. Na APAC de Itaúna não há policiais nem agentes carcerários e os presos tomam conta dos presos. Aliás, “preso” não, recuperando. É preciso destacar que a APAC de Itaúna é uma referência mundial na recuperação de condenados e que é o solo fértil para o desenvolvimento de um trabalho de arte e educação com o uso de contos tradicionais que ali desenvolvemos desde setembro de 2004.
Desde então, passei a freqüentar semanalmente a APAC de Itaúna e a ministrar oficinas de contos para os recuperandos. Os participantes, sem a obrigatoriedade de participar, começaram a chegar, desconfiados, cheios de interrogações no olhar. Aos poucos, começaram a escutar, depois a contar, recontar, ler e criar histórias. As aulas sobre postura corporal, técnica vocal, expressão oral, gestual e visual e outros segredos que formam o bom contador de histórias tornaram-se um grande e divertido aprendizado. Os exercícios de improvisação, de ritmo, de criatividade e de memorização de histórias são disputados, todos querem experimentar e repetir. Com o tempo, surgiram (e continuam surgindo!) belíssimos contos que depois foram transcritos e agregados ao repertório do Grupo, denominado por eles mesmos de Encantadores de Histórias.
Bonito mesmo é constatar que, ao longo das oficinas, antigos contos de fadas, repletos de ensinamentos e valores, são recontados e depois discutidos, gerando reflexão e releituras. Os contos surgem como opção de re-significação de vidas, de encantamento da própria história através da palavra, que passa a ter imenso valor. Esse o principal objetivo do trabalho: enriquecer o imaginário dos recuperandos, trazendo-lhes novas representações e perspectivas, apresentando-lhes situações semelhantes às suas, mas tratadas de outras maneiras. Oferecer-lhes a chance de se re-criarem numa nova história onde a queda seja um acidente de percurso e não um destino irrefutável. Queda e destino – passado e futuro. Com a força das histórias, o poder de se viver plenamente o presente, de encontrar um tempo de liberdade no meio do cárcere, de aceitar o próprio erro, mas também o perdão de si mesmo; enfim, de levantar os olhos e compreender que o futuro é construído dia após dia, aqui e agora.
Em nossa última oficina, lemos “Os Músicos de Bremen”, conto recolhido e compilado pelos Irmãos Grimm. Lembra-se do enredo? Quatro animais – um burro, um cão, um gato e um galo – desprezados pelos seus donos, resolvem se tornar músicos e partir para Bremen, onde imaginavam viver alegres e em paz, onde escapariam da dor, da rejeição e da morte. No caminho, enfrentam ladrões e os expulsam da floresta. Os animais nunca chegarão a Bremen, mas a sua sede de vida foi suficiente para espantar o mal e lhes dar a resposta que procuravam. A história foi recebida com entusiasmo; depois, um dos recuperandos a recontou com suas próprias palavras, uma versão mineira original e divertida. Naquele momento presente, cada um de nós – tão diferentes uns dos outros - éramos o burro, o cão, o gato ou mesmo o galo da história. Naquele momento presente, éramos um grupo, tínhamos um projeto comum, caminhávamos na direção de nossa Bremen imaginária. Tudo isso num só momento presente.
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SAÚDE SIM! DROGAS NÃO!
No mês de março, a equipe do setor de Saúde da APAC se mobilizou, para realizar a XIV Semana da Saúde e Conscientização sobre malefícios decorrentes do uso abusivo de drogas, que ocorreu durante a semana do dia 08 ao dia 14 de março.
As palestras diversas aconteceram nos regimes fechado e semiaberto, trazendo muita informação, exames preventivos, assistência na área da saúde, encenação teatral e também, alertando mais uma vez os recuperandos desses regimes, para que possam entender que não estão sozinhos nessa luta, pois não adianta fazermos vista grossa e pensar que o problema da dependência química e falências na área da saúde estão superados.
A luta ela é diária e temos consciência que pouco se faz por parte das autoridades e de muitos da sociedade. Mas é bom podermos contar com as poucas pessoas que vestem a camisa, que dizem não ao preconceito e que estendem a mão para ajudar como foi o caso especial dessa semana, aonde voluntários de diversas áreas da comunidade itaunense vieram até a APAC, com o intuito de colaborar com esse projeto que acontece duas vezes ao ano e que lado a lado com outras palestras e trabalhos desenvolvidos dentro do CRS, tanto com recuperandos ou com seus familiares, tentarmos todos juntos, unirmos e fortalecermos esse laço de conscientização que o uso e abuso de drogas só leva para o abismo e que a saúde e a liberdade, são bens preciosos que devemos valorizar e cuidar cada dia com mais zelo e responsabilidade.
INSTITUTO MARISTA DE SOLIDARIEDADE
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A APAC, Associação de Proteção e Assistência aos Condenados, entidades sem fins lucrativos, há 26 anos trabalha para a recuperação dos presidiários, proteção da sociedade, o socorro às vítimas e a promoção da Justiça.
Através da aplicação de uma metodologia própria, do estabelecimento de parcerias, da colaboração de uma plêiade de voluntários, e do apoio dos itaunenses, bons resultados foram obtidos, e por isto, a APAC de Itaúna se tornou uma referência, razão pela qual a entidade recebe visitantes dos mais diversos lugares do Brasil e outros países do mundo que buscam aqui o exemplo e solução para o grave problema prisional.
Atualmente a APAC de Itaúna cuida de 160 recuperandos, e com a ampliação de mais 50 vagas para os próximos meses passará a ter 210 recuperandos. Com a graça de Deus, hoje temos muitos homens e mulheres, outrora considerados periculosos e irrecuperáveis trabalhando nas mais diversas empresas de Itaúna. Famílias unidas e reconciliadas, e a sociedade mais protegida, pois na medida em que se recupera o criminoso se protege a sociedade.
Obviamente que uma instituição como a APAC, somente consegue se manter com o estabelecimento de parcerias e a ajuda generosa de homens e mulheres de boa vontade que acreditam na recuperação do ser humano e na busca da paz social.
Por esta razão, a APAC de Itaúna esta lançando mais uma vez a Campanha do Sócio Contribuinte, para que de mãos unidas seja possível dar continuidade ao trabalho de resgate do ser humano desenvolvido em benefício de tantas pessoas e famílias.
Contamos com seu apoio e a sua solidariedade, adquirindo o carnê do sócio contribuinte nos postos de distribuição ou através do telefone (37) 3243-1737 ou pelo e-mail apacitauna@nwnet.com.br.
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DA ALMA PARA A ALMA
Faça das migalhas sadias pedras preciosas. Queira que seus passos entrem em compasso com a vida. Que a esperança ressurja, continuamente sem resquícios de nenhuma espécie. Nada deve passar à sua frente sem percepção, mesmo de um instantâneo sentimento, de que haverá superação; os derrotados ainda não sentiram o sabor de haverem lutado e vencido. Só o néctar da vitória estimula o retorno à luta. Coloque-se de joelhos só para orar, jamais por ter perdido a autoestima, virtude dos exitosos. Ao mirar-se no espelho, não queira ver a vitória daquele que possui o seu ideal sonhado. Enxergue-se a si mesmo. Sê superior. Nunca perca de vista o caminho que anuncia o retorno; o abismo que está ao seu lado não o coloque à sua dianteira. Faça-o passar despercebido. Em tudo idear o sucesso almejado para o dia seguinte; não faça inteiração com as coisas negativas do seu passado; elas podem ser “pedras de tropeço” à sua caminhada.A resignação não deve tolerar o desânimo, o pior de todos os fracassos. Sem amor não haverá tolerância e nem perdão. Somente o que sai do coração, chega ao coração do outro. A melhor água corre rasa, pouco volume, contorna os obstáculos, serve prazerosamente aos seres viventes, durante o seu percurso.Chega tranqüila e cristalina ao seu destino. Como nasce termina, sem onda ou tsunami, em paz...
Mário Ottoboni - Fundador e Idealizador do Método APAC (38 anos)
FUNDADO EM 29 DE MARÇO DE 2001
EDITOR: Wellington Silva
COLABORADORES: Equipe da APAC de Itaúna / Silvana Aiala (TJMG)
DIAGRAMAÇÃO: Wellington Silva
EDIÇÃO: 5.000 Exemplares
EDIÇÃO VIA E-MAIL: 2.000 exemplares
Apr 13, 2010
APAC NOVA LIMA E´SHOW DE SOLIDARIEDADE
APAC NOVA LIMA E´SHOW DE SOLIDARIEDADE
Conhecer aquela apac foi uma experiência de vida e tanto. Vimos um povo rico em solidariedade. Que saudades sentimos deles! Que Deus os ilumine em tudo! Que os fortaleça na fé e esperança de novos dias.
Viagens a Minas Gerais
Mar 21, 2010
Pastor Joaquim - Presidente da Apac/RN
Pastor Joaquim - Presidente da Apac/RN
O Pastor Francisco Joaquim da Silva Filho foi empossado no dia 19 de Março como presidente da primeira APAC do Estado do Rio GRande do Norte, responsabilidade, que segundo o mesmo, é espinhosa, mais gloriosa, pois recuperar vidas consiste na atividade mais sublime do homem.
Posse diretoria Apac Macau
Em uma solenidade realizada no dia 19 de Março/10 no porto de ama, contanto com a presença de várias autoridades do RN, a diretoria da APAC MACAU foi empossada para o seus primeiros anos administrativos. A apac é uma associação com o propósito de desenvolver o projeto novos rumos na execução penal - cuidando da reincerssão social dos condenados da justiça. O modelo está sendo tomando do TJMG que com sucesso já implantou mais de 100 apacs em MInas.
Mar 11, 2010
Diretoria da Apac Macau
O Estatuto da Associação de Proteção e Apoio aos Condenados, que funcionará em Macau, foi aprovado após uma reunião, que ocorreu no último dia 3 e que definiu a escolha dos membros da diretoria e dos respectivos conselhos da unidade, a qual será a primeira do Rio Grande do Norte.
De acordo com os integrantes do Programa 'Novos Rumos da Execução Penal', desenvolvido pelo Tribunal de Justiça potiguar, os novos membros tomarão posse na próxima sexta, dia 19, no auditório Porto de Alma, na Petrobras, em Macau.
A metodologia APAC foi criada em Minas Gerais e contabiliza o percentual positivo de ressocialização em 90% dos presos, ao contrário do método carcerário atual, que reintegra à sociedade apenas 10% dos apenados e, no Rio Grande do Norte, está prevista para começar no 2º semestre deste ano.
A diferença entre as duas modalidades de ressocialização está no fato de que, na Apac, os próprios presos são responsáveis pela sua recuperação e recebem assistência espiritual, médica, psicológica e jurídica, prestadas pela comunidade.
A segurança e a disciplina do presídio são feitas com a colaboração dos recuperandos, tendo, como suporte, funcionários, voluntários e diretores das entidades, sem a presença de policiais e agentes penitenciários.
O TJRN, através do Ministério da Justiça e do Poder Executivo do Executivo, viabilizou, também, no último dia 3, o treinamento de quatro apenados, que foram enviados a Minas Gerais, para vivenciarem a metodologia implantada nas Apac's. O treinamento foi realizado em duas unidades da Associação em Minas.
Feb 19, 2010
Descanse no poder de Deus
O filho Pródigo
Buscando nova vida
É assim que as pessoas chegam a casa de apoio. Histórias de pessoas que foram distruídas pelas drogas. Gutenberg é um exemplo de alguém que já gravou CD evangêlico,se envolveu com drogas e o resultado é esse. Longe da família, da igreja, dos amigos, completamente isolado de tudo e de todos. Ore por este homem. Ele chegou ao projeto hoje, pedindo socorro, não tive como negar, especialmente alguém que já pregou o evangelho. /se quiserem ajudá-lo.
Feb 14, 2010
Precisamos de cooperadores
Voce que visita esta blog, precisamos de sua ajuda para que possamos manter este trabalho. Tenho 13 homens internados na casa de apoio, e neste ano ainda não foi renovado o convênio da casa, por isso estou buscando ajuda para pagar o aluguel, água e luz dos meses de janeiro e fevereiro. Pagamos 1.000,00 de alguel, 250,00 de luz e 420,00 de água. deposite sua ajuda na caixa federal na conta 1123-4 ag. 0761 operaçao 003 ou banco do brasil ag. 0477-4 conta 25.496=7
Obrigado!
Obrigado!
Jan 30, 2010
Férias em Salvador!
Gente, muito obrigado a todos que estiveram orando por nós durante os últimos dias em que estivemos viajando a salvador com a familia e para trazer Maressa ém férias a Macau. Foram mais de vinte dias abençoados, onde tivemos a oportunidade de visitar igrejas e divulgar nosso trabalho aqui no estado.
Maressa também completou 18 anos e continuará seus estudos por lá.
Deus os abençoe!
Posse de conselheiros suplentes
Atendendo a uma recomendação da Promotoria Pública de Justiça de Macau, na pessoa de Dra. Isabel, a conselho de direitos de macau, que tem como presidente o Pastor Francisco Joaquim, deu posse aos conselheiros suplentes tutelares e afastamento dos titulares no último dia 27 de Janeiro, já que as aleições para a escolha dos novos membros acontecerão nos próximos 90 dias.
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