Feb 26, 2009

MEU PAI, O TÓXICO ME MATOU

Sinto muito meu pai, acho que esse diálogo é o último que tenho com o senhor. Sinto muito mesmo. Sabe meu pai; está em tempo do senhor saber toda a verdade que nunca suspeitou. Vou ser breve e claro. O tóxico me matou meu pai. Travei conhecimento com meu assassino aos 15 anos de idade. É horrível, não? Sabe como nós conhecemos isso? Foi através de um cidadão elegantemente vestido, bem elegante mesmo, e bem falante, que nos apresentou o nosso futuro assassino: O tóxico. Eu tentei, mas tentei mesmo recusar, mas o cidadão mexeu com o meu brio, dizendo que eu não era homem! Não preciso dizer mais nada, não é? Ingressei no mundo das drogas. No começo foram tonturas, depois o devaneio e a seguir a escuridão. Não fazia nada sem que a droga estivesse presente. Depois veio o medo, a falta de ar, alucinações e depois a euforia novamente. Sabe pai, a gente, quando começa acha engraçado. Até Deus eu achava rediculo. Hoje neste hospital, eu reconheço, que Deus é o ser mais importante para mim no mundo. Eu sei que sem Deus e a ajuda Dele, eu não estaria escrevendo esta carta. Pai, o senhor pode acreditar, a vida de um toxicômano é terrível, a gente se sente dilacerado por dentro. É terrível, e todo hovem deve saber disso para não entrar nessa. Ah! Querido Pai..Jà não posso dar nem três passos sem me cansar. Os médicos dizem que vou ficar curado, mas, quando saem do meu quarto, balançam a cabeça num gesto de doente terminal. Éu só tenho 19 anos e sei que não tenho a menor chance de viver, é muito tarde para mim. Para o senhor, tenho um último pedido a fazer. Diga a todos os jovens o que o senhor conhece e mostre a eles esta carta. Diga que em cada porta de escola, em cada cursinho, em cada faculdade ou qualquer lugar, haverá sempre um homem elegantemente vestido, bem falante, que irá mostrar-lhes o seu futuro assassino. o destruidor de suas vidas e levará a loucura e a morte como eu. Por favor faça isso, meu querido Pai, antes que seja tarde demais também para queles todos. Perdo-me, meu Pai, perdoe-me por fazê-lo sofrer e também pelas minhas loucuras. Adeus meu pai.
Este é um caso verídico. É o relato de um jovem de 19 anos, que faleceu assim que acabou de escrever esta carta, dando ciência do perigo do uso de drogas. Esta carta está documentada nos anais do Hospital de São Paulo no dia 23 de Maio de 1994.

Alunos da casa continuam em plena atividades


O trabalho com o talo da carnauba confinua firme, emboa não haja pedidos nos últimos dias por parte da associação carnauba viva de assu.